Com muita surpresa alguns trabalhadores/as receberam o convite para participar da comemoração dos 30 anos da Previnorte. Alguns, por que a comemoração será apenas em Brasília e Manaus, excluindo as demais localidades em que há beneficiários que contribuem tanto quanto os brasilienses e manauaras. Em um cenário econômico nada favorável, em que todos os cortes recaem sobre a classe trabalhadora, uma festa dessa magnitude chama a atenção. Recordemos que a comemoração de 45 anos da Eletronorte foi cancelada. No fechamento do ACT aplicou-se o índice de INPC, sem ganho real. No âmbito da saúde, a CGPAR quer aumentar as contribuições dos trabalhadores, e já prepara mudanças para a área de previdência. Na Eletronorte, a maioria dos cortes recairá sobre os trabalhadores, exemplo disso, é que não foi autorizado o mérito de 2017 pela Eletrobras na última reunião do CIASE.

A Previnorte acaba de passar por um processo eleitoral mal explicado, em que assume o 2º colocado, em detrimento do verdadeiro vencedor do pleito eleitoral, sem nenhuma explicação plausível por parte da Previnorte ou da própria Eletronorte, a não ser os boatos de corredor que dão conta da insatisfação com a vitória do candidato Fábio Resende. Desde a fundação da Previnorte, não se usou a prerrogativa estatutária que permitia essa situação, o que deixa ainda mais dúvida sobre a real motivação de não empossar o vencedor.

Qual o real clima de confraternização que existe? Inúmeros questionamentos sobre os valores de empréstimos que só sobem, não são respondidos. Dois meses de desempenho abaixo da média. Ameaça constante de alterações na gestão dos planos de previdência complementar. Uma eleição duvidosa. Fica a dúvida: em tempos de crise, por que gastar tanto dinheiro em festas Brasil afora – pois a Previnorte já manifestou ao Sindinorte a intenção de realizar iguais festas nas regionais? Da onde virá esse recurso? Por que não, em vez de gastar esse dinheiro para alguns, não aplicar uma cota a mais na conta de cada participante? Por que essa festa não passou pelo Conselho Deliberativo da entidade?

Nós, participantes, iremos arcar com essas festas de alguma maneira? A Eletronorte irá arcar com essas festas de alguma forma? Esperamos que a Diretoria da Previnorte utilize do bom senso para rever esse posicionamento excludente e que não condiz com o cenário que estamos atravessando. A Diretoria da Eletronorte, que se manifeste sobre essa questão, já que ela indica 2/3 dos diretores e metade dos conselheiros.

 

O que aconteceu com o pagamento da PLR?

Essa foi a pergunta feita à comissão de negociação. Tão logo saiu o contracheque, os/as trabalhadores/as cedidos/as perceberam que não estavam recebendo a PLR que estava anunciada a todos para o dia de ontem (1º). Não apenas os/as cedidos/as, como os anistiados, mas também trabalhadores/as que retornaram a Eletronorte há mais de um ano ficaram sem receber, neste caso, por um equívoco da área de Gestão de Pessoas. Ainda, os/as trabalhadores/as que saíram da empresa tampouco receberam. Em mesa, a comissão desconhecia o equívoco da GSP em relação aos trabalhadores/as que já haviam retornado, e, explicou que as orientações dadas pela Eletrobras para os cedidos não possibilitou o pagamento em tempo hábil. No processo de negociação ficou o compromisso da empresa em pagar para os/as cedidos/as e anistiados/as no dia 03.08, sexta, e para os que saíram nos planos de desligamento, no dia 15.08. Se não houver a percepção da PLR nessas datas, procure o seu sindicato local.

 

5, 4, 3, 2, 1 tutututututututu…
Aonde está a E-Vida?

Na reunião ocorrida ontem (1º), o Sindinorte estava preparado para expor ao E-Vida os problemas relatados por inúmeros beneficiários. No entanto, a Diretoria da E-Vida não se fez presente. A comissão de negociação propôs ser a intermediária nas discussões, o que não foi aceito pelo Sindinorte.

Quando o plano de saúde era de gestão da própria Eletronorte, o atendimento era rápido, humanizado, com atenção aos trabalhadores/as. A mudança para a E-Vida se deu no intuito de melhorar o que já era bom, e ainda, possibilitar aos aposentados uma segurança em saúde quando mais se precisa. Infelizmente, o que está ocorrendo é exatamente o contrário. Nosso plano de saúde está deixando muito a desejar. São problemas para realizar reembolso, para conseguir falar com a E-Vida, com o prazo para conseguir as autorizações, para tirar dúvidas, para liberar cirurgias, para realizar consultas, que incluem os exames periódicos.

Na contramão, reclamações de que o E-Vida virou um grande cabide de empregos para familiares de alguns trabalhadores da alta gestão da Eletronorte. Festas e treinamentos ofertadas pela caixa de assistência em locais fechados, como Pirenópolis, pagos com que recurso? Nada contra as festividades, mas na situação em que nós beneficiários arcamos com os custos totais da E-Vida, e, ainda temos um péssimo atendimento prestado. Para piorar, ações judiciais internas podem vir a ser pagas por nós, beneficiários.

Nós não iremos desistir da nossa caixa, por isso, quando tiver algum problema, reclamação ou sugestão, relate e encaminhe para reclamevidasindinorte@gmail.com, com cópia para as ouvidorias da E-Vida (no site www.e-vida.org.br) e Eletronorte (ouvidoria@eletronorte.gov.br). É importante que isto seja feito para possibilitar as auditorias necessárias.

Esperamos que a Diretoria da Eletronorte e da E-Vida entendam que o Sindinorte não é um inimigo, mas sim, podemos apontar melhoras e ajudar a recuperar nosso plano. Por isso, reforçamos a necessidade de ter uma mesa unitária, como aconteceu no passado e deu certo, e a necessidade de que a E-Vida exponha aos beneficiários/as o que está acontecendo, em reunião no auditório da Eletronorte, com transmissão por vídeo conferencia às regionais. Estamos no aguardo da confirmação das datas destas reuniões, compromissadas em mesa de negociação.

 

PERICULOSIDADE

Com muita estranheza recebemos um documento da Eletrobras que dá orientações para a situação dos/as trabalhadores/as que se encontram aposentados pela especial. O Sindinorte já adiantou para a Eletronorte que as medidas que se propõem são ilegais. Mais do que isso, prejudicam diretamente as áreas de operação e manutenção, pois o quadro de trabalhadores/as altamente qualificados/as há tempos é insuficiente. Assim, foi solicitado que a Eletronorte se contraponha a esse documento. Paralelamente, foram feitas gestões junto à Eletrobras, e, no dia de ontem (1º) foi encaminhado documento pela holding suspendendo as tratativas acerca deste assunto. No entanto, ficou clara a intenção da holding em querer demitir estes/as trabalhadores/as. As entidades sindicais possuem ações contra situações similares em outras empresas do setor, como é o caso da CEB, todas com ganho de causa aos trabalhadores/as. Nosso ACT permite a readaptação funcional, e, por isso, não caberia a demissão, e sim, um novo local de trabalho. Estamos de olho!

Sindnorte 02/08/2018