Temer disse em entrevista ao jornal Estado de São Paulo, no fim de semana, que pretende retomar a Proposta de Emenda à Constituição 87/2016 para reformar a Previdência Social.
Por falta de apoio no Congresso e por ter decretado intervenção federal no Rio, em fevereiro, a matéria foi deixada de lado pelo governo. Isso porque a intervenção impede a aprovação de emendas constitucionais.
Segundo Temer, após as eleições, convidará o sucessor para tentarem juntos aprovar a reforma da Previdência que retira direitos históricos dos trabalhadores, especialmente das mulheres, que terão que trabalhar por mais tempo e sujeitas a ganhar menos.
“Estou disposto a fazer um acordo com o futuro presidente, porque ainda dá tempo de aprovar a reforma da Previdência neste ano, em outubro, novembro e dezembro”, disse Temer.
De acordo com pesquisa realizada pelo instituto Vox Popoli no fim do ano passado, 85% dos brasileiros são contra a reforma da Previdência.
Questionado sobre o calendário apertado de 2018 devido à Copa, convenções partidárias e campanha eleitoral, Temer minimizou os obstáculos alegando que as eleições para a Câmara dos Deputados é só em um turno e termina no dia 7 de outubro. A partir daí, ele já pretende fazer articulações para conseguir votos dos deputados pela aprovação da reforma.