Estamos vivenciando um momento de um gigantesco jogo de interesses políticos e econômicos, onde o governo está apostando todas as suas fichas para apresentar alguma vitória no Congresso Nacional e reafirmar que ainda está dando as cartas no final de seu mandato: a privatização da Eletrobras.

Mostrando sua disposição de enfrentar a morosidade do Congresso Nacional em encaminhar o PL 9463/18 que determina a privatização da Eletrobras, e a Medida Provisória MP 814 que inclui a Eletrobras no PND – Programa Nacional de Desestatização, o governo fez duas ameaças: levar o PL 9463/18 para o plenário, por meio do próprio presidente da Comissão Especial e apresentar um Decreto para incluir a Eletrobras do PND.

As ameaças deram resultado. Prova disso é que o governo conseguiu emplacar duas audiências públicas (dias 17 e 18, às 14h30, no Plenário 1 da Câmara dos Deputados) para discussão do PL 9463/18, além de agendar a apresentação do relatório final da Medida Provisória MP 814 no plenário (dia 17, às 14h30).

Mas, o governo diz continuar trabalhando na redação do decreto, ajustando-o para não ultrapassar as competências do Congresso Nacional. Portanto, o governo já deu a senha: não vai se descuidar dessa que se tornou a prioridade das prioridades.

Infelizmente, apesar dos louváveis esforços da categoria eletricitária, foi rompida a primeira trincheira de contenção da ameaça de privatização da Eletrobras.

Diante desses graves fatos, que mostram uma forte ofensiva do governo contra a Eletrobras, a categoria eletricitária não pode se mostrar alheia. É hora de reagir com garra!

Temos que participar, massivamente, nesta segunda-feira, dia 16, às 10h, do Ato Público em frente ao Ministério das Minas e Energia, para mostrar que os trabalhadores e trabalhadoras estão atentos aos acontecimentos e não vão permitir a privatização da Eletrobras.

Em seguida, deveremos participar massivamente, também, da Audiência Pública da terça-feira, dia 17, às 14h30, no Plenário 1 da Câmara dos Deputados – dia em que o Wilson Pinto vai poder falar sozinho na mesa e defender a privatização da Eletrobras, sem nenhum contraponto, a não ser dos parlamentares presentes no público. Devemos encher o plenário, levando nossas camisas pretas por baixo ou na bolsa, para depois mostrar à mídia (que certamente vai dar mais destaque a essa audiência do que à audiência do dia seguinte, onde estarão na mesa os contrários ao PL 9463/18) o quanto a população repudia a privatização da Eletrobras.

Portanto, todos nós somos chamados a participar ativamente e presencialmente dessa luta. Esse dia de paralisação é muito importante. Neste momento, não estamos lutando por melhores salários ou melhores condições de trabalho. Estamos lutando em defesa do patrimônio do povo brasileiro, em defesa da soberania nacional, em defesa de nossa segurança energética.

Diante de tudo isso, fazemos um apelo a quem pretende entrar na empresa para que reflita sobre o que de fato está acontecendo nestes dias. Que abdique de algumas horas de trabalho e participe desses dois importantíssimos eventos, o Ato Público em frente ao MME e a Audiência Pública no Plenário 1 da Câmara dos Deputados.

Estamos vivenciando uma semana decisiva. Não podemos morrer na praia.

AGORA, É TUDO OU NADA!

Contamos com a participação de todos!

16/04/18 – DIA NACIONAL DE LUTA CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DA ELETROBRAS 

  • PARALISAÇÃO DE 24h DA ELETRONORTE, COM PIQUETE.
  • PANFLETAGEM NA FRENTE DA ELETRONORTE – 8h às 10h.
  • ATO NA FRENTE DO MINISTÉRIO DAS MINAS E ENERGIA – 10h.

 Nota STIU-DF 16-04-2018