Ex-presidente da estatal, Carlos Nadallutti Filho, diz que projetos em andamento elevarão portfólio de geração para 14 mil MW

O novo presidente de Furnas, Flávio Decat, inicia sua gestão com uma previsão de investimentos para geração e transmissão da ordem de R$ 1,3 bilhão para 2011. O montante foi dito pelo ex-presidente da estatal, Carlos Nadallutti Filho, que fez um balanço de seu mandato durante a posse de Decat nesta terça-feira, 15 de fevereiro. Segundo Nadallutti, Furnas vem aumentando seu portfólio de geração nos últimos anos. Ele citou a entrada em operação das hidrelétricas de Baguari (MG, 140 MW), Serra do Facão (GO, 210 MW), Foz do Chapecó (RS/SC, 855 MW) e Retiro Baixo (MG, 82 MW). Outras quatro projetos estão em andamento: Santo Antonio (RO, 3.150 MW), Simplício (RJ/MG, 333,7 MW), Batalha (MG/GO 52,5 MW) e Teles Pires (MT, 1.820 MW). Em alguns desses projetos, a estatal participa em parceria com outras empresas.

De acordo com Nadallutti, com a inauguração dessas usinas e com outros projetos de geração, o portfólio da empresa aumentará, de aproximadamente 10 mil MW atualmente, para 14 mil MW, nos próximos anos. O ex-presidente de Furnas destacou ainda que a empresa participará das construções de três parques eólicos no litoral do Rio Grande do Norte e de 26 linhas de transmissão e 14 subestações. As obras, segundo ele, vão gerar 130 mil novos empregos. Nadallutti destacou que a participação de Furnas em parques eólicos a credencia para a venda de créditos de carbono.

Em 2010, Furnas foi a subsidiária do grupo Eletrobras que mais investiu: R$ 1,245 bilhão, segundo balanço divulgado pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Isso significa 77,5% do investimento projetado para o ano de R$ 1,607 bilhão.

Finanças – O ex-presidente de Furnas também afirmou que foram resolvidas “três âncoras de prejuízos” de Furnas com a renegociação de contratos envolvendo a Termopantanal, a Companhia de Interconexão Energética (CIEN) e a Eletronuclear. Segundo Nadallutti, isso pode representar o fim do ônus e a expectativa de bons resultados.

(Danilo Oliveira, da Agência CanalEnergia)