Em resposta à publicação veiculada pelo revista Época, a respeito da remuneração dos trabalhadores e trabalhadoras do Sistema Eletrobras, lotados em Roraima, “Os supersalários da Eletrobras em Roraima”. A Federação Nacional dos Urbanitários esclarece que a divulgação das informações foi feita de forma equivocada e não representa a realidade financeira da categoria eletricitária.

As publicações ocultam informações importantes, conforme acordo coletivo dos trabalhadores e trabalhadoras, no período que antecede às férias, o profissional tem direito a um adicional, além de empréstimo, ressarcido à empresa ao longo do ano. Bem como, direito à Participação nos Lucros e Resultados. Além disso, parte dos profissionais, por conta da atividade exercida, há o pagamento de insalubridade e periculosidade, conforme estabelecido na CLT. A matéria, escrita por Mateus Coutinho, é tendenciosa e exclui o contexto macro da empresa e de seus mais de 24 mil trabalhadores.

A Eletrobras contava com mais de 33 mil trabalhadores em 2010. Em entrevista à rádio CBN, o presidente da estatal, Wilson Pinto, disse que reduzirá o quadro próprio da empresa, hoje, de 24 mil para 12 mil trabalhadores. O sistema Eletrobras já perdeu nove mil profissionais nos últimos sete anos, o que prejudicou diversos procedimentos nas empresas. Mais essa redução implicará drasticamente na prestação do serviço de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica aos pequenos e grandes consumidores.

O trabalho na Eletrobras e suas controladas não parou na última década, isso se dá pelo compromisso e responsabilidade da categoria com a prestação do serviço à sociedade. Ao contrário, destaca-se que a eficiência operacional da estatal atingiu 99,61%.

A publicação, vazia e subjetiva, como grande parte das matérias veiculadas na revista, serve apenas para colocar a população contra a maior empresa elétrica da América Latina e, assim, tentar justificar e apoiar a campanha pela privatização da Eletrobras.

A FNU preza pela transparência e responsabilidade na divulgação de informações e ressalta que caso haja alguma irregularidade nessas exceções, tais irregularidades devem ser apuradas. No entanto, uma imprensa séria e comprometida com a ética e sua função social, estaria atenta as denúncias das entidades sindicais quanto à contratação, em outubro passado, da Roland Berger Strategy Consultants Ltda. para a prestação de serviços de Consultoria e Assessoramento para Estruturação e Apoio na Implantação do Centro de Serviços Financeiros e Compartilhados – CSFC da Eletrobras.

O contrato, sem concorrência, com o prazo de execução de 10 meses custou mais de nove milhões. No mês de julho deste ano, foi efetivada nova contratação da mesma consultoria com prazo de execução de nove meses, os dois contratos custarão 18 milhões aos cofres da Eletrobras.

Mais recentemente, Wilson Pinto contratou a empresa RP Brasil Comunicações Ltda., conhecida como FSB Comunicação, para prestar serviços de comunicação por oito meses ao custo de dois milhões de reais. Vale lembrar que esta mesma empresa é alvo de inverstigações em função das denúncias de pagamento de propina nos meses que antecederam as olimpíadas no Rio de Janeiro.

A FNU reitera seu apoio aos trabalhadores da Eletrobras Roraima e se coloca a disposição para qualquer esclarecimento junto aos órgãos de imprensa no sentido de fazer valer a verdade dos fatos, sem qualquer tipo de manipulação ou distorção.

NOTA DE REPÚDIO