Na manhã desta terça-feira, 7, aconteceu no auditório da Eletronorte, em Brasília, debate sobre a reforma trabalhista e os impactos da privatização das estatais no setor elétrico. A atividade contou com a participação de trabalhadores, dirigentes sindicais e a assessoria parlamentar e jurídica que atua na defesa da Eletrobras e suas subsidiárias.

O assessor jurídico, Bruno Paiva, ressaltou que a reforma trabalhista se trata de uma inovação legislativa para redução dos direitos sociais e trabalhistas da população brasileira. Ele relatou que há empresas que já propõem retrocessos nos acordos coletivos de algumas categorias.

Para a dirigente sindical, Fabiola Antezana, a pauta regressiva nos direitos da classe trabalhadora será ampliada para outros setores. “No setor elétrico, já tivemos o anúncio de demissões na Eletrobras Roraima. Em Maio próximo, teremos negociação do acordo coletivo e não sabemos o que vamos enfrentar, ainda temos a ameaça da privatização”, disse.

De acordo com o senador Hélio José (Pros-DF), está sendo providenciada a coleta de assinaturas para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para examinar o processo de privatização da Eletrobras. A CPI pode ser criada no âmbito de cada uma das casas, (câmara ou senado) por requerimento de um terço dos parlamentares.

O advogado Allan Trajano ressaltou que para dar andamento à privatização da Eletrobras é necessária uma medida legislativa. Trajano disse ainda que a forma como está dada a entrega da estatal não há nada que garanta a segurança energética no país e assegure os direitos dos trabalhadores.

No entanto, o advogado destacou que a luta contra as privatizações no Congresso tem sido positiva, visto que já foram realizadas uma série de debates e audiências, com adesão de senadores e deputados.

Para Mauro Martinelli, ex-dirigente sindical e atual diretor da Companhia Energética de Brasília (CEB), as entidades sindicais e as assessorias devem atuar nas contradições do governo. “São inúmeras as contradições, a primeira é dizer que a Eletrobras é ineficiente”. Ele ressalta que a “a Eletrobras precisa ser reestruturada, mas pela lógica dos trabalhadores”, conclui Martinelli.

Na ocasião, foi informado que o Sindinorte está atuando no Congresso para a criação de uma frente parlamentar em defesa da Eletronorte.


AMANHÃ ASSEMBLEIA GERAL DELIBERATIVA 

O STIU-DF convoca os trabalhadores e trabalhadoras para importante assembleia deliberativa a ser realizada nesta quarta-feira (6), conforme a seguir:

Dia: 8 de novembro de 2017 – quarta-feira

Horário: 9h em primeira convocação; 9h30 em segunda convocação

Local: 1º Subsolo – Entrada principal da Eletronorte

Pauta:

Informes;

Deliberação Dia Nacional de Paralisação;

Taxa de fortalecimento sindical;

Assuntos gerais.