O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social desembolsou R$ 14,011 bilhões para energia elétrica nos últimos doze meses, o que representa cerca de 10% de todos os desembolsos realizados pelo banco, que alcançaram R$ 144,3 bilhões no período. Para o segmento de infraestrutura como um todo, foram liberados R$ 51,8 bilhões, o que representa 36% do total. No período, os desembolsos cresceram 53%, segundo dados do banco.

Para Luciano Coutinho, presidente do BNDES, os desembolsos na área de infraestrutura foram muito significativos e o volume de R$ 51,8% é um recorde muito forte. “O segmento vem apresentando um crescimento muito firme”, disse o executivo.

As aprovações ficaram em R$ 176,4 bilhões – alta de 49% – e as consultas em R$ 211,5 bilhões, um incremento de 12%. “Os resultados refletem a atuação anticíclica do BNDES, que ampliou sua oferta de crédito para fazer frente à escassez do mercado, diante da crise financeira internacional”, analisou Coutinho. Para o setor elétrico, as aprovações somaram R$ 11,616 bilhões nos últimos doze meses e para o setor de infraestrutura, R$ 58,532 bilhões.

Trimestre – Entre janeiro e março, as liberações para o setor elétrico fecharam em R$ 2,384 bilhões, dos R$ 9,934 bilhões desembolsados para o segmento de infraestrutura. Nesse mesmo período, o banco desembolsou R$ 25,5 bilhões, com aumento de 37% na comparação com janeiro/março de 2009.

As aprovações do banco cresceram 31%, chegando a R$ 26,5 bilhões no trimestre. Desse total, R$ 11,604 bilhões foram destinados a infraestrutura, dos quais R$ 2,486 bilhões ao setor de energia elétrica.

Os enquadramentos e as consultas – que indicam aprovações e desembolsos futuros – somaram R$ 32,5 bilhões e R$ 45,3 bilhões, respectivamente, com recuos de R$ 42% e de 21% em relação a igual trimestre do ano passado. “Essas baixas foram provocadas exclusivamente pela operação de financiamento de R$ 25 bilhões à Petrobras no ano passado, cuja consulta e enquadramento ocorreram em março de 2009.

Março – Em março desse ano, o BNDES liberou R$ 9,4 bilhões em financiamentos ao setor produtivo brasileiro, com alta de 12,5% na comparação com R$ 8,4 bilhões de março de 2009. À infraestrutura foram desembolsados R$ 4,2 bilhões (45% de participação).

As consultas em março passado, no valor de R$ 19,5 bilhões, caíram 48% na comparação mensal, pelo efeito Petrobras. E os enquadramentos, também devido a Petrobras, declinaram 68%, atingindo R$ 12,5 bilhões no mês passado. As aprovações, no entanto, somaram R$ 11,8 bilhões, com crescimento de 146,8% na comparação com R$ 4,7 bilhões de março de 2009. Todos os setores econômicos, inclusive infraestrutura, tiveram expansão nas aprovações de empréstimo.