Duas pessoas, presas na manhã desta quarta-feira (14/4) durante a Operação João de Barro, recebiam proprina para colocar nomes de policiais militares e bombeiros na frente dos reais beneficiados pelos programas habitacionais do GDF. A ação deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal, em parceira com o Núcleo de Combate às Organizações Criminosas do Ministério Público do DF, foi detalhada pelo diretor geral da PCDF, Adval Cardoso.

Fábio Guimarães Nery, de 35 anos, e Lester Sebastião da Silva, 47, foram detidos esta manhã acusados de praticar crime contra a administração pública. Cardoso explica como eles agiam. Fábio, corretor de imóveis, recebia R$ 2 mil de policiais e bombeiros que o procuravam para colocar seus nomes à frente dos beneficiados da vez. A lista dos lotes da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF (Codhab-DF) era repassada para Lester, responsável pela distribuição dos terrenos, para quem eram pagos R$ 5 mil. 

Adval Cardoso diz ainda que não sabe precisar quantas pessoas faziam parte do esquema, nem quantos foram prejudicados pela fraude na lista de distribuição de lotes, o que está em investigação. Todos os envolvidos vão responder por corrupção e formação de quadrilha. 

Fábio e Lester prestarão depoimento esta tarde na Divisão Especial de Repressão aos Crimes Contra a Administração Pública (Decap), e serão posteriormente transferidos ao Departamento de Polícia Especializada (DPE). Eles estão presos temporariamente por cinco dias, que podem ser prorrogados por mais cinco, mediante pedido da policia e aprovação judicial.