O fim de semana na França foi marcado por protestos nas ruas de Paris contra a reforma trabalhista decretada pelo presidente francês Emmanuel Macron. Os manifestantes marcharam neste sábado (23) da praça da República à Bastilha. Os protestos continuaram nesta segunda-feira (25) com paralisação de caminhoneiros em todo o país.

A manifestação foi organizada por vários sindicatos e partidos de esquerda no país, que também foi acompanhada por deputados e senadores. O líder do partido França Insubmissa escreveu no twitter, “Bravo, todos os trabalhadores em luta pelos nossos direitos”.

As lideranças sindicais francesas apontam que a reforma é desequilibrada porque favorece o setor empresarial, especialmente os grandes empresários, em detrimento da retirada de direitos dos trabalhadores.

Este foi o 3º grande ato convocado em setembro por várias organizações sindicais contra os ataques do governo liberal de Emmanuel Macron ao estado social de direito. “Acredito na democracia, mas a democracia não é a rua”, disse o presidente.

Com o discurso de reduzir o desemprego no País, que atinge cerca de 10% da população, Macron reduziu direitos para que as novas regras de contratações sejam simplificadas, a exemplo do que aconteceu no Brasil, com a aprovação da Lei da Terceirização irrestrita e da reforma trabalhista.

Entre outras coisas, a reforma estabelece limites às indenizações por demissão sem justa causa, facilita demissões em massa e simplifica as instâncias de negociação dentro das empresas.

Como a reforma trabalhista foi proposta por decretos pelo presidente, ela ainda precisa ser aprovada pelo parlamento, onde Macron tem maioria.