Brasília – A ajuda humanitária por meio de agências de financiamento chegou a US$ 7,4 bilhões no ano passado e beneficiou mais de 50 milhões de vítimas em 28 países. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), em 2010, foi registrado o maior volume de doações desde 1991.

A ONU afirma, entretanto, que é necessário aumentar os financiamentos no longo prazo para ajudar as vítimas de desastres naturais, como o que ocorreu há duas semanas na região serrana do Rio de Janeiro.

Os recursos arrecadados no ano passado foram doados principalmente para o Afeganistão, o Chade, o Congo, o Djibuti, o Quênia, Níger, os territórios palestinos ocupados, a Somália, o Sudão, o Iêmen e o Zimbabué.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, apelou hoje (25) para aumentar o financiamento das operações humanitárias globais ao longo deste ano. Segundo ele, a prioridade é atender as regiões afetadas por desastres naturais.

“Coletivamente, todos nós precisamos fazer um esforço extra para garantir o financiamento adequado de urgência destinado ao trabalho de salvação humanitária. Não devemos deixar a mobilização de recursos da ação humanitária ao acaso”, afirmou Moon.

De acordo com o secretário-geral da ONU, é preciso ressaltar que as necessidades humanitárias aumentam e o sistema humanitário internacional ajuda os governos a colaborar com o povo. “Mais pessoas estão confiando em nós para salvar vidas. É necessário mais apoio do que nunca”, acrescentou.

Moon lembrou que graças à ajuda humanitária foi amenizado o sofrimento no Haiti, que foi devastado pelo terremoto de janeiro de 2010, e no Paquistão, que sofreu com as inundações. “Eu visitei ambas as zonas de desastres. A resposta global a essas tragédias foi animadora, mas sabemos que nem todas as emergências recebem a mesma atenção ou recursos.”

Segundo o secretário, alguns países tiveram crescimento espetacular e agora estão entre as maiores economias do mundo. A ajuda humanitária também se expandiu, disse Moon. “E muitos estados-membros [da ONU] contribuem agora com os apelos mais do que há dez anos. Isso é encorajador, e a tendência deve continuar “, acrescentou.

(Renata Giraldi, Agência Brasil)