ELN

Os trabalhadores e trabalhadoras da Eletronorte iniciam o dia 22 de abril paralisados, exigindo um PCR – Plano de Carreiras e Remunerações mais justo. Reunidos em uma assembléia massiva no dia 19, trabalhadores e trabalhadoras da sede em Brasília aprovaram uma paralisação com piquete da Empresa. A paralisação havia sido aprovada em uma assembléia anterior para o dia 20 – porém, mostrando maturidade e responsabilidade, a categoria resolveu adiar para a quinta-feira, para evitar contratempos e conotações falsas por ocasião do leilão da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que corria risco de não ocorrer (veja quadro abaixo).
Os trabalhadores e trabalhadoras mostram mais uma vez à direção da Eletronorte e à Holding Eletrobras, ao DEST e ao próprio Governo que um Plano de Carreira e Remuneração deve ter como foco seu maior patrimônio, as pessoas que com sua força de trabalho e produção intelectual geram riqueza e energia para o Brasil. E que as restrições econômicas enxertadas no PCR apenas atentam contra o próprio plano, pois desmerecem os mecanismos de avaliação e qualificação para a promoção e ascensão profissionais.
É inadmissível que o PCR unificado crie ainda mais distorções, não tenha promoção por antiguidade automática, não conte com verba suficiente para gerir o plano e não contemple uma verdadeira harmonização salarial prévia (que não houve na Eletronorte).
Segundo uma pesquisa de opinião que o Sindicato está disponibilizando no site (www.stiudf.org.br), 81% da categoria rejeita o PCR na forma como foi apresentado pela empre-sa, sendo que 71% o considera péssimo e 10% o considera ruim (veja no quadro ao lado um retrato do sentimento geral). Ape-nas 15% da categoria considera o PCR bom ou ótimo, e 4% o considera regular.

 

Belo Monte – Finalmente saiu o leilão

O consórcio liderado por Chesf, grupo Bertin e construtora Queiroz Galvão venceu o leilão da usina hidrelétrica de Belo Monte, considerada a terceira maior do mundo em capacidade de geração e com um orçamento previsto de 19 bilhões de reais, atrás da binacional Itaipu e da chinesa Três Gargantas. A operação está prevista para 2015 (1a fase) e 2019 (2a fase) e contará com capacidade instalada de 11 mil megawatts, com energia assegurada de 4.571 megawatts médios.
O grupo ofereceu uma tarifa de R$ 78,00 o megawatt/hora, ante um preço máximo definido no leilão de R$ 83,00, um deságio de 6,02 %.
O consórcio, chamado de Norte Energia, superou o grupo Belo Monte Energia, considerado favorito na disputa e integrado por pesos-pesados do setor como as estatais Furnas e Eletrosul e também por Vale e Andrade Gutierrez, que estava envolvida no projeto há anos.
O diretor de engenharia e construção da Chesf, José Ailton de Lima, afirmou a jornalistas que não existe previsão de antecipação do projeto de Belo Monte e que a Eletronorte reforçará o consórcio, como o previsto.
As empresas do Sistema Eletrobras ficarão com 49,98 % da usina.


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