IELN

Após a turbulência do último ataque contra a FRG, temos que fazer algumas reflexões acerca dos “escombros” que sobraram dessa luta.

Passada mais uma batalha, fica a convicção de que a luta continua, já que a defesa da Fundação deve ser uma tarefa diária. Furnas, por meio de seu presidente, sob orientação superior, comunicou que não fará novas investidas na tentativa de substituir diretores da gestão da Fundação, e assim respeitar os mandatos que irão até outubro.

Também não é, e nunca foi o nosso entendimento, que em uma luta deve haver vencidos e vencedores, e sim a construção das melhores soluções para todos. Quando outubro chegar, todos – os participantes ativos e inativos, as patrocinadoras e os trabalhadores da FRG –  terão que sair desse processo como vencedores, pois somente assim a nossa Fundação será mais forte e consolidada.

Neste momento, até chegar outubro, todos os responsáveis pela existência da Fundação precisam fazer algumas reflexões, agir de forma equilibrada e sensata para ampliar e zelar pela boa imagem do nosso Fundo de Pensão, recuperada após o incidente do Banco Santos. Para isso, é importante manter uma boa governança corporativa na FRG e resgatar o bom relacionamento com as patrocinadoras e com os membros do Conselho Deliberativo. Ao mesmo tempo, a principal patrocinadora – que vinha nitidamente boicotando essa relação com o objetivo de criar argumentos para justificar as “mexidas” que pretendia implementar na FRG – precisa se redimir e voltar a manter a saudável relação institucional que sempre existiu entre Furnas e a FRG.

Acreditamos que os atuais conselheiros indicados pelas patrocinadoras Furnas e Eletronuclear devem atuar pautados na isenção e no respeito aos participantes, e que seus votos, pareceres e opiniões tenham a independência que lhes é assegurada pelo estatuto e pela legislação vigente. Almejamos que, junto com os conselheiros eleitos, façam um pacto para que possam estar firmes e unidos na defesa dos nossos interesses, contra ingerências e tentativas de aparelhamento político, denunciando e combatendo quaisquer atitudes prejudiciais à boa gestão do nosso Fundo de Pensão.

Quanto à direção de Furnas, é preciso que retome, com a maior urgência possível, as análises e definições sobre os processos relativos à Fundação Real Grandeza, entre os quais citamos, como exemplo, o que garantirá a portabilidade dos recursos dos participantes para outro fundo ao se desligarem da empresa e da FRG, conforme prevê a legislação, sob pena de multa para a Real Grandeza.

Portanto, todos nós vamos aguardar outubro chegar, alguns refletindo sobre o processo eleitoral, já que em outubro de 2009 vencem os mandatos dos conselheiros e diretores eleitos, bem como o processo de escolha dos indicados. O importante é que esse processo não sirva para nos fragilizar diante dos nossos “inimigos” comuns e dos aproveitadores de plantão, que sempre aparecem e se colocam como os “salvadores da pátria”.

Também não podemos nos acomodar até outubro; ao contrário, temos que continuar unidos, mobilizados e vigilantes. Por outro lado, esperamos que a gestão da FRG mantenha os participantes informados em caso de boicote das patrocinadoras nas relações administrativas e de nossos interesses no dia-a-dia, inclusive contra descumprimentos de preceitos legais que podem prejudicar o nosso Fundo de Pensão.