Presidente assina contrato de financiamento da segunda etapa da interligação do sistema isolado da Ilha de Marajó ao SIN

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugura nesta terça-feira, 30 de novembro, eclusas da hidrelétrica de Tucuruí, no Pará. O sistema de transposição de desnível possibilitará a utilização dos rios Tocantins e Araguaia como hidrovias de grande porte, permitindo o tráfego de comboios com capacidade de carga de 19 mil toneladas.

As eclusas de Tucuruí, que são as maiores do Brasil e uma das maiores do mundo, compõem um conjunto de tanques para elevar ou baixar embarcações entre níveis diferentes. De acordo com o Ministério dos Transportes, foram investidos aproximadamente R$ 1,66 bilhão para a execução das obras, que em seu pico, ocorrido em junho de 2009, contava com 3.646 operários, dos quais cerca de 80% era de mão de obra regional.

Segundo o Ministério de Minas e Energia, o Estudo de Impacto Ambiental, elaborado em 1998, apresenta algumas medidas para amenizar os possíveis impactos ambientais decorrentes da construção, como: remanejamento de moradores que viviam na área de influência direta da eclusa; implantação do plano de ocupação do entorno do lago da eclusa para atividades de recuperação de áreas degradadas, paisagismo e recreação; compensação ambiental de R$ 3 milhões a serem aplicados em unidades de conservação; construção do bairro Nova Matinha, destinado à realocação dos atingidos da área urbana; e benfeitorias nas áreas rurais.

No mesmo evento, o presidente Lula assinou o Termo de Compromisso para a contratação de engenheiros formados no campus avançado da Universidade Federal do Pará, localizado na Usina Hidrelétrica de Tucuruí, para trabalharem na construção de Belo Monte. Os contratados são os primeiros formandos de engenharia elétrica e engenharia civil da Universidade Federal do Pará – Campus Tucuruí, mantido em parceria com a Eletrobras Eletronorte, responsável pelos recursos e infraestrutura para a manutenção da instituição em Tucuruí.

Além disso, o presidente assinou contrato de financiamento da segunda etapa da interligação do Sistema Elétrico Isolado da Ilha do Marajó ao Sistema Interligado Nacional. O investimento previsto é de R$ 298 milhões, sendo R$ 81 milhões em subestações e R$ 217 milhões em linhas de transmissão de energia. Segundo o MME, o projeto promoverá maior capacidade de suprimento, modicidade tarifária, maior confiabilidade e flexibilidade ao sistema de energia elétrica a Ilha de Marajó, assim como a redução do uso de combustíveis fósseis para geração de elétrica, em virtude da desativação de dez, das 15 usinas térmicas que, atualmente, atendem à Ilha de Marajó.

Estreito – O presidente Lula visitou também as obras da hidrelétrica de Estreito (MA/TO, 1.807 MW). A hidrelétrica se prepara para iniciar o enchimento do reservatório, que abrangerá 12 municípios nos dois estados. Paralelamente ao processo de enchimento do lago, as obras civis e de montagem da UHE Estreito chegam à reta final. Atualmente, cerca de 8 mil homens trabalham para que a primeira unidade geradora comece a funcionar no início do próximo ano. As estruturas do vertedouro e da barragem foram concluídas.

Já a Casa de Força, localizada no lado maranhense, conta com 90% das obras civis finalizadas. Agora, o Consórcio Estreito Energia se dedica à finalização da montagem da primeira unidade geradora para que se inicie os testes operacionais para a entrada em operação comercial da mesma no início do próximo ano.

(Agência CanalEnergia)