Empresa reduz perspectiva de investimento este ano para R$ 6 bilhões. Participação no leilão A-5 será definida em reunião semana que vem

A Eletrobras vai lançar até o fim do ano o plano de negócios para o quiquênio 2010-2014. A previsão é de aplicar no mínimo R$ 45 bilhões em projetos de geração, transmissão e distribuição, segundo José Antonio Muniz Lopes, presidente da companhia, que participou da abertura do XIII Congresso Brasileiro de Energia nesta terça-feira, 9 de novembro, no Rio de Janeiro. Por outro lado, a empresa reduziu a perspectiva deste ano de R$ 8 bilhões para R$ 6 bilhões. De janeiro a agosto, a Eletrobras aplicou cerca de R$ 2,8 bilhões.

Muniz Lopes afirmou que os investimentos foram retardados pela falta de licenças ambientais, principalmente, dos projetos estruturantes como a hidrelétrica de Belo Monte (PA-11.233 MW) e os linhões Tucuruí-Manaus e do rio Madeira. Ele disse que os investimentos de setembro a dezembro são bem maiores, historicamente, do que nos outros meses do ano. “Sempre há problemas climáticos. Mas este ano, o principal problema foi a emissão das licenças para os grandes projetos”, contou.

Muniz Lopes disse que os projetos em andamento, como a hidrelétrica de Simplício e a usina nuclear de Angra 3, tiveram bom encaminhamento no período. “Por outro lado, houve frustrações em Belo Monte e nas linhas Tucuruí-Manaus”, disse. Segundo o executivo, a empresa vai manter o ritmo de crescimento necessário dos investimentos para atender as expectativas do mercado. “Vamos crescer no ritmo que for necessário”, afirmou.

Na semana que vem, Muniz Lopes vai se reunir com o ministro de Minas e Energia, Marcio Zimmermann, para definir o modelo de participação das subsidiárias da holding no leilão A-5 de 17 de dezembro, no qual estão cadastradas usinas das bacias dos rios Teles Pires, Parnaíba e São Francisco. A Eletronorte abriu, recentemente, chamada pública para interessados em realizar parceria para disputar as usinas previstas no Teles Pires, incluindo algumas não listadas no último certame do ano.

(Alexandre Canazio, da Agência CanalEnergia)