Nacionalmente, as cifras são ainda mais assustadoras. Calcula-se que o número de vítimas fatais em rodovias brasileiras chega a ser equivalente à queda de um avião comercial por dia, sem sobreviventes. São cerca de 38 mil pessoas mortas no trânsito por ano.”A sociedade não chega a perceber isso tão sensivelmente porque os acidentes estão espalhados pelo País inteiro”, comenta Marcelo Piancastelli, diretor de Estudos Regionais e Urbanos do Ipea e responsável pelo estudo. Em média, o gasto total chega a mais de R$ 6 bilhões aos cofres públicos. Segundo o diretor, os números são responsáveis por quase um terço do orçamento destinado ao Sistema Único de Saúde.
O estudo leva em consideração todo o aparato estatal que é mobilizado em torno de uma vítima de trânsito. Os custos vão desde as despesas médicas de internação e o atendimento no local de ambulâncias, bombeiros e policiais, até a perda econômica para o País das horas não trabalhadas e os gastos previdenciários, vindos do seguro obrigatório DPVAT, que garante às vítimas o reembolso de despesas, e da Previdência Social, no caso de ser necessário o afastamento temporário ou definitivo. Danos materiais causados à propriedade pública e privada e custos institucionais com processos judiciais e atendimento policial também entram na conta.
(Fonte: Bruna Sensêve, Jornal de Brasília)