O STIU-DF realizou assembleia nesta quarta-feira (13) com as trabalhadoras e trabalhadores da Eletronorte esclarecer o pagamento da PLR, do talão extra do tíquete alimentação e dos dias parados. Os dirigentes sindicais também falaram sobre a privatização do setor elétrico planejada pelo governo Temer e de empregados que estão sendo vítimas de assédio moral no ambiente de trabalho.

Antes de falar sobre os assédios sofridos por trabalhadores, a conselheira de Administração da Eletronorte, Gleide Brito, comentou a sensação de andar pelos corredores da empresa e ver quase todas as salas vazias, como se os empregados tivessem jogado a toalha e fossem abandonar o emprego.

Ela pediu para que os funcionários que estão sofrendo assédio moral pelos novos chefes, denunciem. Assim, acredita que poderão mostrar para a população a real situação vivida pelos trabalhadores da empresa.

Os diretores do Sindicato falaram sobre a questão do talão extra do vale alimentação, que foi acordado, verbalmente, com a Eletronorte nas negociações do ano passado e que não estão sendo cumpridas. O diretor Financeiro da empresa se comprometeu em tratar da questão com a Secretaria de Governança das Empresas Estatais (Sest) ainda nesta semana.

Sobre a questão dos dias parados, em 28 de abril e 22 de junho, deverão ser repostos até o dia 31 de dezembro. Também foi acordado que cada empresa resolverá com a sua inter sindical.

A PLR será paga em duas vezes. Os funcionários da Eletronorte receberão a primeira parcela até o dia 10 de agosto e a 2ª até o dia 14 novembro. O Sindicato buscou negociar com a empresa o valor maior de uma das parcelas, ou pagamento na íntegra, mas a empresa se recusou a pagar dessa forma, fechando metade em cada parcela.

O desmonte do setor elétrico foi outro ponto discutido com os trabalhadores. Os diretores do STIU-DF aproveitaram para convocar os empregados para o seminário “Privatizar não é a solução”, que será realizado nos dias 19 e 20 de julho, em Brasília. Será discutido a consulta pública realizada neste mês pelo ministério de Minas e Energia, que abre caminho para a privatização das linhas de transmissão, hidrelétricas e empresas do setor elétrico.