Os movimentos sindicais e populares construíram neste ano várias lutas pela manutenção e garantia dos direitos da classe trabalhadora. As principais ruas do país foram ocupadas nos dias 15 de março e 28 de abril. Em maio, na capital federal, 150 mil trabalhadores do campo e da cidade exigiram a retirada da reforma da previdência e trabalhista da pauta do Congresso.

De forma arbitrária, o projeto de nação do atual governo baseia-se no desmonte das empresas públicas e na retirada dos direitos sociais e trabalhistas da população, conquistados em anos de luta, para beneficiar o capital financeiro.

Assim, para barrar essa agenda de retrocessos, neste dia 30 de junho, a classe trabalhadora responde, mais uma vez, com uma greve geral nacional em defesa dos direitos e do acesso à aposentadoria.

A reforma trabalhista, que tramita no Senado Federal (PLC38/2017), precariza as relações de trabalho, amplia de forma irrestrita a terceirização e coloca o trabalhador na vulnerabilidade com baixos salários e alta rotatividade. Além de dificultar as negociações coletivas e fragilizar as entidades sindicais.

Outra agressão é a reforma da previdência, que altera a idade mínima de 65 anos para homens e mulheres se aposentarem e amplia o tempo de contribuição. Pela proposta, os trabalhadores rurais terão que contribuir para a Previdência Social da mesma forma que o trabalhador urbano.

Para além de todos os retrocessos impostos aos trabalhadores, a privatização das empresas públicas, defendida pelo atual governo, coloca em risco o emprego e o serviço público prestado pelas estatais, como a universalização do acesso à energia, pois esta pauta nunca poderá fazer parte das obrigações de uma empresa privada que tem como único objetivo o lucro.

Assim, o momento é de unidade e mobilização das entidades sindicais e trabalhadores para impedir que sejam aprovados projetos no Congresso Nacional que visam restringir direitos e ampliar a participação do capital privado na gestão das estatais, principalmente, no setor elétrico.

A simples omissão neste momento representa desistirmos de nossos futuros.

#NenhumDireitoaMenos