Na manhã desta terça-feira, 13, os trabalhadores e trabalhadoras da Eletronorte, em Brasília, decidiram em assembleia paralisar as atividades no dia 22 deste mês contra a reestruturação do Sistema Eletrobras, bem como, pela garantia do pagamento e cumprimento do termo que trata da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

Na ocasião, a categoria aprovou uma nota de repúdio contra os pronunciamentos do atual presidente da Eletrobras, Wilson Pinto. Em diversos momentos, inclusive em reuniões com dirigentes sindicais, ele desqualifica os profissionais da empresa.

Nesse sentido, o jurídico da FNU, após encaminhamento dos dirigentes, entrará com ação por danos morais contra o presidente da holding.

Reestruturação

Para a direção do STIU-DF, a reestruturação das subsídiarias da Eletrobras tem como foco principal a redução no quadro dos trabalhadores, o que põe em risco a capacidade técnica e operacional das empresas. Além disso, faz parte do processo a venda das distribuidoras de energia de seis estados, o que pode representar aumento de tarifas e pior qualidade no serviço prestado.

Assim, na tentativa de pressionar a direção da Eletrobras para que o processo de reestruturação seja interrompido ou revisto, o Coletivo Nacional dos Eletricitários encaminhou proposta de paralisação para todas as bases. Em Brasília, a paralisação foi aprovada por ampla maioria.

PLR

Em reunião, a Eletrobras informou que não há nenhuma posição sobre o tíquete extra discutido no ano anterior como parte do ACT. Para a Participação nos Lucros e Resultados do exercício de 2016, a empresa ainda não apresentou informações para discussão do pagamento. Lembrando que a discussão em pauta é a parte financeira da PLR.

E-Vida

A Diretoria e o Conselho da E-Vida realizaram, no mês passado, votação on-line, de forma atropelada e unilateral, para alteração estatutária da caixa de assistência. O resultado, que saiu vários dias após encerramento da votação, mencionava a falta de quórum, o que invalida o processo.

O Sindinorte, em reunião com a direção da Eletronorte, destacou a falta de transparência no andamento da votação. Assim, reivindicou a constituição de comissão paritária e decidiu encaminhar ofício à empresa para esclarecimentos sobre a mudança no Estatuto da E-vida. A empresa se comprometeu a não convocar novas eleições até analisar e discutir o ofício do Sindinorte.