Com muita mística, animação e debates políticos importantes, chegou ao fim, neste sábado (10), a Plenária Urbanitária de Mobilização Sindical e Popular, organizada pela Federação Única dos Urbanitários (FNU).

Durante três dias, representantes de 26 estados e mais de 200 participantes debateram sobre a situação política do país, bem como, dos setores estratégicos de energia e saneamento que passam por um processo nefasto de privatização.

Assim, na busca de uma saída contra os retrocessos colocados pelo governo ilegítimo de Michel Temer para a classe trabalhadora, os representantes das entidades sindicais e dos movimentos populares aprovaram um plano de lutas unitário com construções a curto e longo prazo.

Na ocasião, a representante do Movimento dos Atingidos Por Barragens (MAB), Soniamara Maranho, apresentou os desafios do campo popular para o próximo período, dentre eles, está a construção de uma estratégia para o país com um projeto da classe trabalhadora. Além disso, enfatizou a necessidade do trabalho de base com a população.

Para André Gouveia, do Levante Popular da Juventude, é urgente desmascarar os meios de comunicação que atuam por meio do interesse econômico, também fortalecer os meios alternativos e criar novas formas de comunicação e diálogo com a sociedade.

Pela Plataforma Operária e Camponesa da Energia, Fabiola Antezana, disse que é preciso superar o atual modelo organizativo e entrar, de fato, numa discussão mais abrangente, com tática para dialogar com os trabalhadores. Como exemplo, ela citou a formação de formadores da Plataforma Operária sobre energia e soberania que interage com diversos movimentos e categorias profissionais.

Entre as diretrizes do plano de lutas, consta a participação e apoio na construção das lutas nacionais, tendo a greve geral convocada para o próximo dia 30 de junho como prioritária. Além do fortalecimento dos espaços da juventude dentro dos movimentos sociais, populares e sindicais. E a luta pela soberania energética contra as privatizações e por um novo projeto energético popular.

Participaram da Plenária 33 entidades, dentre elas o Sindicato dos Urbanitários no DF (STIU-DF), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Consulta Popular, Federação Única dos Petroleiros (FUP), Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), e Levante Popular da Juventude, entre outras.