Trabalhadoras e trabalhadores da CEB aderem à Greve Geral no dia 28 contra as reformas trabalhista, previdenciária e terceirização irrestrita de Temer.

Diante dos constantes ataques aos direitos da classe trabalhadora, a categoria eletricitária na CEB também decidiu, por unanimidade, em assembleia realizada na noite desta segunda-feira (24), cruzar os braços na sexta-feira (28), dia de Greve Geral em todo o País. Haverá ônibus nas bases a partir das 6h da manhã. A concentração será no SIA.

Várias categorias em todo o Brasil também aprovaram a participação na Greve Geral em resposta as reformas trabalhista e previdenciária de Michel Temer, assim como a lei da terceirização irrestrita aprovada recentemente.

As trabalhadoras e trabalhadores da Eletronorte e Furnas, aeroviários, professores de escolas públicas e particulares, bancários, petroleiros, funcionários públicos, dos Correios, da saúde, comércio e da construção civil das principais cidades brasileiras devem fazer a maior paralisação vista nos últimos 30 anos.

Na semana passada, a base aliada de Temer na Câmara dos Deputados aprovou o regime de urgência para que a reforma trabalhista seja aprovada o mais rápido possível. A estratégia do governo é minar o poder de reação da classe trabalhadora.

Pela proposta de Temer na reforma trabalhista, o empresário poderá reduzir a remuneração do funcionário, acabando com a irredutibilidade dos salários, princípio previsto na CLT. Para isso, basta demitir os funcionários e contratá-los como terceirizados ou por acordo fechado com cada funcionário. É o que prevê juristas especializados e até mesmo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Nesses casos, nem a Justiça do Trabalho poderá interferir.

Esses são apenas alguns aspectos negativos da proposta, que prevê ainda o fim do FGTS, das férias e adicional, do 13º, da previdência, entre outros. Com a terceirização dos serviços, os trabalhadores poderão ser demitidos e contratados como CNPJ, o que elimina, na prática, com todos esses direitos.

Na reforma da previdência, os retrocessos também são enormes. O tempo de contribuição vai passar a ser de 49 anos, tanto para homens quanto para mulheres. Elas ainda terão que trabalhar até 65. No caso dos eletricitários, a periculosidade deixará de ser critério para a aposentadoria especial.

Por isso é fundamental que todos os trabalhadores e trabalhadoras se mobilizem e participem da Greve Geral. Precisamos responder à altura com grande mobilização e ocupação das ruas. Ou lutamos agora para preservarmos os nossos direitos, ou será tarde demais!

Faceb

Na assembleia, o diretor de Benefícios da Faceb, João Carlos, disse que o Sindicato se reuniu com o presidente da entidade, cobrando a autonomia do diretor de Benefícios, de modo que ele tenha suas atribuições estatutárias respeitadas.

Plano odontológico

João Carlos destacou que o plano odontológico não está bom. Disse que é muito básico e que a categoria precisa brigar imediatamente para que ele volte a ser como era antes.

PLR

Sobre alguns questionamentos feitos em relação ao valor da PLR de 2016, o diretor do STIU-DF Alairton Gomes destacou que o lucro da CEB, em 2015, foi de R$ 59 milhões e a pontuação no DEC, FEC, TMA e ISQP foi 60. Em 2016, o lucro foi de R$ 50 milhões e a pontuação foi 98, por isso os valores ficaram aproximados.

Teto salarial

Alairton também disse que os diretores do STIU-DF vêm se reunindo com os parlamentares na Câmara Legislativa com o propósito de discutir o teto salarial e garantir que as conquistas previstas no ACT fiquem fora do limite do teto. Para isso devem ser apresentadas várias emendas ao projeto.