Na segunda-feira (20), o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou nota técnica sobre a PEC 287 que pretende reformar o sistema previdenciário. O texto analisa a situação atual das mulheres no mercado de trabalho para mostrar as consequências do que propõe para elas o projeto de reforma da Previdência.

Se forem uniformizados os critérios para a aposentadoria, as mulheres serão particularmente penalizadas. As que atuam na educação, como professoras, as trabalhadoras rurais e aquelas que trabalham em ocupações precarizadas serão as mais afetadas.

“A proposição de aumentar a idade mínima de aposentadoria para 65 anos e o tempo de contribuição para 25 anos, impondo às trabalhadoras 300 contribuições mensais, poderá ser um agravante das desigualdades de gênero existentes no país, em função da rotatividade, da informalidade e ilegalidade nas contratações, dos períodos em desemprego e das frequentes transições entre atividade e inatividade econômica, processos vivenciados pela maioria das mulheres. Todos esses fatos ainda são agravados pela divisão sexual do trabalho, que, como visto, ainda está longe de se equalizar no país”, afirma o texto.

 

Confira a íntegra da nota:

http://www.dieese.org.br/notatecnica/2017/notaTec171MulherPrevidencia.pdf