Foi o melhor resultado para o período desde o início da série histórica, em 1996; no segundo trimestre, alta foi de 1,2%

O desempenho da economia brasileira superou expectativas de economias e analistas de mercado e cresceu 1,2% no segundo trimestre em relação ao anterior. As estimativas mais otimistas não chegavam a taxa de 1%. Em comparação ao mesmo período do ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) avançou 8,8% – quase o mesmo salto registrado no primeiro semestre de 2010, de 8,9%. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga neste momento as Contas Nacionais Trimestrais.

No acumulado dos seis primeiros meses do ano, o crescimento da economia foi de 8,9%, o maior resultado desde o início da série histórica do IBGE, em 1996. Na soma dos 12 últimos meses, o PIB brasileiro tem alta de 5,1%.

Apesar do aumento dos juros iniciado pelo governo para conter a economia, a indústria surpreendeu as previsões do mercado ao registrar um PIB 1,9% maior no segundo trimestre em relação ao primeiro.Os setores de serviços (1,2%) e a agropecuária (2,1%) também apresentaram taxas robustas.

Pela ótica da demanda, os investimentos cresceram 2,4%, enquanto o consumo das famílias aumentou 0,8% no trimestre. Em tempos de eleições, as despesas do governo, por sua vez, avançaram mais do que nos trimestres anteriores, com alta de 2,1%.

“Pelo lado do setor externo, tanto as exportações (1,0%) como as importações de bens e serviços (4,4%) apresentaram crescimento”, completou o IBGE.

O PIB a preços de mercado para o segundo trimestre do ano chegou a R$ 900,7 bilhões, sendo R$ 769,5 bilhões referentes ao valor adicionado e R$ 131,2 bilhões aos impostos sobre produtos.

Semestre

No semestre, o destaque ficou com a indústria, que cresceu 14,2% frente a igual período de 2009. Agropecuária e serviços cresceram, respectivamente, 8,6% e 5,7%.

“Dentre as quatro atividades da indústria, os maiores crescimentos ficaram com a construção civil (15,7%) e a indústria de transformação (15,4%)”, disse o IBGE. Tiveram variações positivas também a extrativa mineral (13,9%) e a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (9,5%). Entre os serviços, o comércio teve a maior alta semestral, com 13,5%.

A formação bruta de capital fixo, por sua vez, foi o destaque na análise da demanda interna, com crescimento de 26,2%, o maior da série histórica. O consumo das famílias saltou 8% na mesma base de comparação, enquanto os gastos da administração pública subiram 3,6%.

(Fonte: Portal G1)