Na manhã desta quinta-feira, 12, os trabalhadores e trabalhadoras da Eletronorte, em Brasília, rejeitaram a proposta apresentada pela empresa para o Banco de Horas. A proposta prevê a compensação das horas 1:1, a exclusão do abono assiduidade, estabelece que a compensação das horas será prerrogativa do gestor, e determina que toda e qualquer hora deve ser autorizada pelo gerente, seja ela positiva ou negativa.

Em mesa de negociação foi construída uma proposta que foi negada pela Diretoria da Eletronorte. Isso porque a empresa não abre mão da “autonomia gerencial” para a realização das horas de banco, ou seja, na visão da empresa toda hora adicional precisaria da autorização do gestor. O que, na visão do Sindinorte, não atende a categoria, é necessário ter um percentual de horas livres para banco independente da autorização do gerente, o que, em nada inviabiliza a gestão da empresa.

Com a rejeição da proposta apresentada pela empresa, a categoria decidiu aprovar a proposição do Sindinorte, apostando na continuidade da negociação do novo termo para o Banco de Horas. A próxima reunião está prevista para os dias 19 e 20 deste mês.

E-Vida

Conforme previsto no regimento do E-vida o reajuste da contribuição do plano E-Vida PPRS aos participantes ficou congelado nos três primeiros anos. A Eletronorte deveria ter reajustado anualmente pelo índice do IPCA a tabela vigente, e não o fez. Ao final do ciclo de três anos, o estudo atuarial seria necessário para balizar a negociação do percentual de aumento aos participantes.

O reajuste proposto pela empresa é de 43%. Após discussão, o Sindinorte propôs que o impacto aos participantes seja de 26%, sendo a diferença de responsabilidade da Eletronorte. A empresa ainda não respondeu à proposta do Sindinorte.

PLR

Para buscar uma solução ao impasse criado pela Eletrobras sobre a parte controversa da Participação nos Lucros e Resultados, no mês de dezembro, o Coletivo Nacional dos Eletricitários acionou a justiça. Neste sentido, a primeira audiência de conciliação está pré-agendada para o mês de fevereiro.

Reestruturação

Na ocasião, os eletricitários e eletricitários autorizaram as entidades sindicais a entrarem com ação na justiça contra o processo de reestruturação apresentado pela direção da empresa, uma vez que os acordos nacionais e específicos preveem a participação dos sindicatos nos processos institucionais que venham trazer prejuízos aos trabalhadores. No entendimento dos dirigentes sindicais, o processo de reestruturação está sendo feito sem a devida conversa com as entidades que representam a categoria, estão sendo eliminados setores importantes sem justificativa, dentre outros pontos.