Nesta quarta-feira, 21, os trabalhadores e trabalhadoras da Eletronorte, lotados em Brasília, aprovaram, a suspensão das atividades na próxima quinta-feira, dia 22, para participarem do Dia Nacional de Mobilização contra a retirada de direitos sociais e trabalhistas.

O Dia Nacional de Mobilização está sendo convocado pelas centrais sindicais, sindicatos e movimentos sociais. De acordo com a convocatória, trabalhadores de diversos setores paralisarão as atividades em todo o país para combater a pauta de retrocessos em andamento no Congresso Nacional.

Entre as pautas que ameaçam os direitos da classe trabalhadora estão o PLC 30/2015, que trata da regulamentação da terceirização sem limite, estendendo inclusive para a atividade-fim, precarizando as relações de trabalho. No pacote de maldades, há também o PL 7549/2014, que impede o empregado demitido de reclamar na Justiça do Trabalho por indenizações que tenham sido objeto de homologação da rescisão contratual.

Com a justificativa do ajuste fiscal, tramita no Congresso a PEC 241/2016 que prevê o congelamento dos gastos sociais federais pelos próximos 20 anos, ao valor de 2016 – ano recessivo. Propõe, assim, um rompimento com o núcleo dos direitos sociais previstos na Constituição, ou seja, saúde, educação e assistência social serão diretamente prejudicadas. O objetivo é fortalecer o capital especulativo e rentista.

Além disso, a agenda regressiva atinge em cheio os trabalhadores da Eletronorte, sob o comando da Eletrobras há em pauta o congelamento do anuênio, gratificação de férias de 1/3, aposentadoria compulsória e ajuste de quadro de pessoal. A sugestão de cortar a PLR para quem estiver licenciado impactará diretamente as trabalhadoras. Ressurge uma ideia antiga, desconsiderar a licença maternidade para fins de pagamento da PLR. Mais um dos itens da agenda interna.

Diante desse ataque aos direitos conquistados em anos de luta, o STIU-DF ressalta a importância da categoria eletricitária participar das mobilizações proposta pela entidade sindical, o que está em jogo neste momento, são os nossos direitos, empregos e nossas empresas que se encontram na mira da privatização.