A direção da  Eletrobras  decidiu,  em  Assembleia  Geral  Extraordinária,  não  renovar as concessões das seis distribuidoras federalizadas  dos  estados  do  Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Alagoas e Piauí, e vender o controle societário das empresas.

Tal decisão mostra o total descompromisso da gestão da Holding e do governo Golpista com empresas que são estratégicas para o país.  Para os trabalhadores um  verdadeiro crime  de  lesa  pátria  e  que  será  combatido com todo rigor.

O processo de  deterioração destas  empresas foi uma estratégia feita em longo prazo, desde  o  término  do  Governo  Lula,  quando uma série de mudanças na gestão das empresas distribuidoras contribuiu para o cenário atual. O chamado pacto de governabilidade colocou nas mãos de políticos uma série de privilégios. A farra de nomeações foi intensa, nomes sem qualquer qualificação ou compromisso com as distribuidoras ficaram a frente de cargos estratégicos. Portanto, os trabalhadores não podem pagar pelos os erros cometidos, já que sempre se empenharam para contribuir com o fortalecimento das distribuidoras.

O  então  Governo  eleito  pouco  se sensibilizou, mesmo diante da pressão dos trabalhadores e das entidades sindicais que alertavam  para  os  desmandos  e  a  falta  de  uma gestão competente e com transparência. Os poucos  recursos,  investimentos  e  as  constantes intervenções nas direções das distribuidoras, com a criação de gerências para acomodar aliados, aprofundaram a crise. A nomeação de Eduardo Braga, um privatista confesso, mostrou a falta de critério para recuperar a capacidade das distribuidoras.

O  Governo  Golpista  encontrou  o  cenário perfeito para privatizar as empresas, e diante  da oportunidade não  hesitou  em  rapidamente retomar um processo que havia sido interrompido  com  a  eleição  de  Lula,  que  é a privatização do setor elétrico brasileiro. O ponto de partida atual são as distribuidoras da Eletrobras, mas amanhã deverão ser as distribuidoras  estaduais,  a transmissão  e  a geração.

Cabe aos trabalhadores, a FNU, a CNU, às entidades  sindicais  filiadas  e  os  movimentos sociais alinhados a um projeto estatal de controle da energia, irem à luta. Buscar em todas as frentes, parlamentar, jurídica, e acima de tudo muita mobilização para barrar a venda das distribuidoras de energia do Sistema Eletrobras.


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