
Revelando a sua inabilidade em negociar e extrema dificuldade de estabelecer diálogo com a categoria eletricitária, a atual direção da Eletrobras desta vez radicalizou e partiu para algo, até então, inimaginável, uma vez que isso nunca tinha acontecido. Nesta terça-feira (5), os trabalhadores e trabalhadoras da empresa, que estão com as atividades paralisadas em todo o País, foram surpreendidos com a ação truculenta da PM na porta da sede da empresa no Rio de Janeiro. Os policiais tentaram algemar os sindicalistas e levaram cinco presos, numa ação totalmente arbitrária e sem fundamento.
Os dirigentes sindicais faziam o que sempre fizeram em momentos de paralisação, convencer os trabalhadores para que participem do movimento grevista. Os comitês de convencimento em frente à sede da Eletrobras sempre foram pacíficos e nunca houve problemas. Inclusive a lista dos empregados para a realização dos serviços essenciais já estava negociada com a empresa.
Assim mesmo, a atual direção da Eletrobras, já habituada ao descaso com os trabalhadores, apelou para a força bruta e chamou a PM como tentativa de intimidar e enfraquecer o movimento legítimo da categoria. “Greve é direito, não é crime”, destacou o dirigente Emanuel Torres, do Sintergia, que resistiu em ser algemado e foi preso.
Arbitrariamente, a PM também levou outros quatro trabalhadores presos. Eduardo Luiz, diretor da Associação dos Empregados da Eletrobras (Aeel), Eduardo Ramos, diretor do Sindicato dos Engenheiros do Rio (Seng), Dejalma Pinho, diretor do Sindicato dos Administradores do Rio (Sinaerj) e Sidney Pascotto, diretor do Sindicato dos Contabilistas do município do Rio (Sindicont).
O STIU-DF se solidariza com os trabalhadores e os dirigentes sindicais, em suas ações legítimas, e repudia o radicalismo da direção da Eletrobras e a ação truculenta dos trabalhadores da Polícia Militar.
