Nesta terça-feira (24), o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) se reuniu em Brasília, no STIU-DF, para avaliar a forte mobilização nacional realizada ontem, segunda-feira, e também para definir as estratégias para as negociações da PLR e do ACT 2016/17. Por duas vezes desmarcada, a próxima rodada de negociação foi remarcada para o dia 08 de junho. Entre os dias 30 de maio e 03 de junho acontecerão assembleias em todas as bases.
O CNE avaliou como muito positiva a participação quase que integral dos companheiros e companheiras das empresas que compõem a Holding. O sucesso desse dia de luta deve ser creditado à frustração de todos (as) com os rumos da negociação, ou melhor, a falta de diálogo que vem se consolidando por parte da direção da Eletrobras, que desde o dia 06 de maio ficou de apresentar uma contraproposta, mas até agora nada foi colocado.
Os trabalhadores e o CNE vêm cobrando o básico, responsabilidade e respeito na hora de negociar, pois é preciso destacar que esse acordo coletivo não é de uma empresa qualquer, mas sim da maior Holding de energia da América Latina, que tem uma importância para o desenvolvimento econômico e social do país. Portanto, o Coletivo Nacional dos Eletricitários não pode admitir uma contraproposta rebaixada, incapaz de atender com dignidade os trabalhadores que ao longo de anos vem se empenhando ao máximo para fortalecer o Sistema Eletrobras.
O sentimento de todos os trabalhadores é de indignação com a postura da Eletrobras, pois além da não apresentar uma contraproposta para ser avaliada, não se posiciona também sobre o pagamento da PLR 2015, um direito histórico e que precisa ser respeitado. O CNE não poupará esforços para continuar lutando em conjunto com os trabalhadores, participando de todas as discussões nos sindicatos em busca de ações que levam aos avanços nas negociações.
A direção da Eletrobras precisa vir a público mostrar a que veio, se o momento político esta conturbado, a culpa não é dos trabalhadores. É preciso coragem para administrar nos momentos adversos também, e não somente na época da bonança.
Caso a reunião do dia 8 de junho seja desmarcada novamente, a categoria eletricitária em todo o País vai responder à altura, com outra forte mobilização.