Para o STIU-DF, a Eletronorte não pode continuar expondo os trabalhadores e trabalhadoras a risco de graves acidentes, condições nocivas e transtornos laborais. É preciso estabelecer, urgentemente, condições de segurança para a categoria eletricitária.

Passados oito anos, várias promessas foram feitas para os trabalhadores e trabalhadoras da Eletronorte sobre a construção da sede dos eletricitários em Brasília. A obra que já deveria estar pronta não saiu do papel e o terreno na 904 Sul, comprado por R$ 59,6 milhões, parece ter sido esquecido pela direção da Eletronorte.

Junto à falta de compromisso da direção da empresa em não priorizar a construção da sede da Eletronorte, a omissão com a segurança dos trabalhadores é outro assunto que tem preocupado o STIU-DF e a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA. Diante desse quadro de insegurança, várias advertências foram feitas para os gestores da empresa.

Os representantes do Sindicato têm alertado a diretoria da Eletronorte sobre os riscos das atuais instalações elétricas, inadequadas às necessidades de carregamento elétrico; falta de saída de emergência confiáveis; telas de aço instaladas  nas janelas apenas por questões estéticas e impedem o jato d’água de penetrar e combater possíveis incêndios . Esses são apenas alguns problemas dentre tantos outros.

Além disso, denúncias foram protocoladas no Ministério Público do Trabalho, Corpo de Bombeiros e na Administração de Brasília, mas nada foi resolvido até o momento.

Recentemente, a Eletronorte publicou edital de chamamento para locação de imóvel para acomodar a sede da empresa.

Para o STIU-DF, a Eletronorte não pode continuar expondo os trabalhadores e trabalhadoras a risco de graves acidentes, condições nocivas e transtornos laborais. É preciso estabelecer condições mínimas de segurança para a categoria eletricitária, seja na atual sede, localizada nas instalações do Shopping ID, ou em outro local.

Após questionamentos sobre a construção da nova sede, a direção da Eletronorte informou que as obras e todo processo administrativo levaria em torno de quatro anos.

O STIU-DF, diante da impossibilidade da mudança para a tão sonhada sede, continuará pressionando a empresa para que a construção deixe de ser apenas uma promessa. Além disso, não permitirá que a Eletronorte estabeleça contrato superior ao prazo previsto e nem desperdice dinheiro com aluguel exorbitante que possa ser revertido para a estruturação da nova sede.

A entidade sindical, insistentemente, tem cobrado da empresa posicionamento quanto ao início das obras. E reitera que é necessário o entendimento por parte da direção da empresa que a sede traduz uma postura política de consolidação da empresa e do sistema público de energia. É também a garantia de um ambiente digno e seguro de trabalho e responsabilidade com o gasto do dinheiro público.

Fonte: Jornal Energia Alerta – Edição 34