O Coletivo Nacional dos Eletricitários – CNE e a Plataforma de Energia Operária e Camponesa com o apoio da Associação dos Empregados da Eletrobras-AEEL, com os movimentos sociais, realizaram, dia 09 de março, um grande Ato-Protesto contra a privatização do Sistema Eletrobras, em especial das distribuidoras de energia, na porta do edifício sede do Holding no Rio de Janeiro.
Marcada para as 9 horas, a manifestação contou com um grande número de companheiros (as) dos movimentos sindicais e sociais que se concentraram na Candelária, e caminharam em direção a Eletrobras. Na porta da Holding vários companheiros(as) fizeram o uso da palavra e denunciaram o malefício da privatização para o povo brasileiro, que sofrerá com a piora da prestação de serviços e o aumento significativo na conta de luz, e para os trabalhadores com demissões em massa.
Na oportunidade foi criada uma comissão composta por sete companheiros dos movimentos presentes com a intenção de ser recebida pelo presidente da Eletrobras, que se recusou a recebê-la, mostrando com isso quem é de fato, um representante do neoliberalismo e do capital financeiro que quer entregar o patrimônio do povo brasileiro.
Não obstante, os movimentos sindical e social não se deixaram vencer e ameaçaram invadir o prédio. Diante disso, a empresa recuou e resolveu que a comissão seria recebida pelo seu diretor financeiro, Armando Casado. A vitória da pressão imposta pelos companheiros foi importante, contudo, foi parcial, pois o desfecho da reunião foi um verdadeiro desastre.
Segundo, os companheiros da comissão não houve uma posição da Eletrobras, que afirmou que todo o processo de discussão da privatização das distribuidoras de energia estava sendo tocado pelo BNDES, e que a Holding apenas participava do projeto sem maiores influências, e que não poderia dar maiores esclarecimentos.
Ou seja, empurrou a bola para frente. Uma vergonha a própria empresa alegar que não conheça a privatização das empresas que compõe a Holding.
Os companheiros do CNE e Plataforma de Energia Operária e Camponesa, junto com MAB, foram então em busca de maiores informações e se dirigiram ao BNDES, lá foram recebidos pelo presidente Luciano Coutinho, que por sua vez afirmou que o Banco não era o responsável pela privatização das distribuidoras. Um total desrespeito aos trabalhadores e as entidades que se mobilizaram e que vão continuar na luta.
CNE, FRENTE BRASIL POPULAR E PLATAFORMA OPERÁRIA E CAMPONESA DE ENERGIA SE REUNIRAM COM MINISTROS EM BRASÍLIA
O CNE e a Plataforma conseguiram participar junto com a Frente Brasil Popular de uma reunião em caráter de urgência nesta quinta-feira, dia 10 de março, na Casa Civil, em Brasília, com os Ministros Ricardo Berzoini e Jaques Wagner, para discutir uma ampla pauta: PLS 551, Pré-Sal, Projeto de criminalização dos movimentos sociais, a reforma da previdência e o ponto principal que foi a privatização das distribuidoras de energia do Sistema Eletrobras.
Os representantes do CNE e da Plataforma fizeram uma ampla explanação dos motivos para a não privatização destas empresas, que são estratégicas para o desenvolvimento econômico e social das regiões onde estão localizadas. E do desastre que seria para os trabalhadores e para a sociedade. Foi alertado que se o Governo espera e necessita de apoio político da classe trabalhadora deve recuar dessa agenda conservadora e neoliberal. Os ministros ficaram de estudar cada ponto de pauta e marcar uma nova rodada de reunião. Vamos cobrar!
