A Federação Nacional dos Urbanitários  sempre  esteve  na  vanguarda  da  luta  das  mulheres.  Sua gestões  sempre contemplaram  a  participação feminina  que  culminou  com  a criação da Secretaria da Mulher Urbanitária, por entender que a construção  de  uma  sociedade mais  justa  e  igualitária,  passa obrigatoriamente  pelo  fim  da discriminação e a promoção da igualdade de oportunidades, inclusive de salários que ainda são menores que os dos homens.

Dados apontam  que  as  mulheres trabalhadoras tiveram remuneração 28% inferior  a dos  homens na mesma função, mesmo as  com  nível  de  escolaridade igual  ou  maior.  A situação  se agrava  quando  observamos  o critério étnico/racial.

A conjuntura política e econômica mostra a importância  da  luta  das  mulheres,  hoje  a  maior parte dos lares são chefiados por trabalhadoras, que na maioria das vezes enfrentam uma dupla ou  até  tripla  jornada  de  trabalho.   O congresso nacional  mais  reacionário  dos  últimos  anos trabalha  dia  e  noite  para  a  retirada de  direitos da classe trabalhadora, como a reforma da previdência  que  se  aprovada  igualará  uma  idade mínima  para  aposentadoria  entre  mulheres  e homens, um total retrocesso para a classe trabalhadora deste país.

Hoje,  diante  dos  desafios  colocados  para  os setores  de  saneamento  e  energia,  a  participação das mulheres nos sindicatos  é  indispensável  e  precisa ser  estimulada  com  medidas concretas  das  direções  das entidades,  para  assim  somar esforços na luta contra a privatização da água, representada pelo  projeto  de  Parceria  Público-Privada  que  está  sendo discutido  e  posto  em  prática nos  Estados  e  a  entrega  das distribuidoras  de  energia  do Sistema  Eletrobras,  outro  crime de lesa pátria, em um país recheado  de  corrupção,  desemprego, desigualdade, fuga de capitais, crise e prejuízos.

O Dia internacional da Mulher deve  ser  encarado  como  um momento  de  profunda  reflexão  pelas  trabalhadoras, pois apesar dos inegáveis avanços alcançados,  muito  ainda  deve  ser  feito  para que se tenha uma participação que reflita a sociedade brasileira em sua totalidade e não apenas uma parcela da população.

Assumir o papel de protagonismo nas ações políticas é uma tarefa da geração atual de mulheres e das futuras que estão nos bairros, nos movimentos sociais, no campo, nas fábricas, escritórios, escolas e universidades.



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