A aguardada reunião entre a Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) e demais entidades sindicais e movimentos sociais como o MAB e MST com os ministros Jacques Wagner, da Casa Civil, e Ricardo Berzoini, da Secretaria de Governo, para discutir a privatização das distribuidoras de energia do Sistema Eletrobras, foi adiada para o dia 03 de fevereiro. É importante destacar que as duas autoridades tinham assumido no dia 19 de janeiro o compromisso de receber nesta quarta-feira (27) os trabalhadores para essa reunião.

Desde cedo foram realizados protestos em vários estados contra a privatização das distribuidoras de energia da Eletrobras. Rodovias foram fechadas, paralisações dentro das empresas, ocupação do Ministério da Fazenda e atos políticos, como o realizado no Rio de Janeiro na porta da sede da Eletrobras.

Os trabalhadores sabem que a venda destas empresas e da Celg, em Goiás, faz parte de um projeto que visa aprofundar a participação do capital privado no setor elétrico nacional. Entregado a preço de banana, empresas que além de um importante papel econômico têm uma função social estratégica. Capazes de realizar políticas públicas que somente uma empresa estatal está preparada e vocacionada.

Os resultados da privatização serão desastrosos, como foram na era FHC, com demissões em massa, precarização da mão de obra com a terceirização excessiva, péssimos serviços prestados à sociedade e o aumento abusivo das tarifas. Tudo se resume ao lucro!

O movimento sindical e os movimentos sociais estão unidos nessa luta contra a entrega do patrimônio público, por isso continuarão mobilizados nacionalmente até que o governo receba os trabalhadores para um debate e desista da privatização do setor elétrico.


Furnas também está mira da privatização

A Direção de Furnas tem dado entrevistas alardeando a abertura de 30% do capital da empresa. Sem o menor pudor tem afirmado aos trabalhadores que, com a manobra, melhoras salariais virão, aumentando a remuneração variável e, simultaneamente, a participação dos lucros que poderá beirar cinco remunerações. Mas pensemos juntos!

Alguém sabe nos dizer quando o empresário melhorou o salário dos trabalhadores por livre iniciativa? E a empresa privada que é justa na divisão de lucros?

A categoria está atenta e indignada, por isso realizou hoje também, juntamente com o protesto contra a privatização das distribuidoras, ato contra a abertura de capital de Furnas, uma empresa estratégica para o País. Por entender também que as consequências serão altamente danosas, como o desemprego em massa, terceirizações absurdas, enfim todo o receituário neoliberal dos anos 90.

O CNE está nessa luta contra a privatização de Furnas e vai até as últimas consequências para barrar esse ato de lesa pátria.


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