Para barrar o processo de privatização das distribuidoras de energia, os trabalhadores do setor elétrico, com o amplo apoio dos movimentos sociais, realizaram mais um grande protesto nesta quarta-feira (27) em frente ao Palácio do Planalto e no Ministério da Fazenda.

O movimento em defesa das estatais tem como objetivo retirar do Plano Nacional de Desestatização (PND) as distribuidoras controladas pela Eletrobras. Criado na década de 90, quando se deu início ao desastroso processo de entrega das empresas públicas do setor elétrico ao capital privado, o PND é retomado com o mesmo discurso da época, ordenar estrategicamente a economia, redução da dívida pública e o fortalecimento do mercado de capitais.

Para as entidades sindicais, a alternativa encontrada pelo governo federal para superar a “crise” atinge, negativamente, todo o setor elétrico e a população brasileiro. A perda da soberania energética, a precarização das relações de trabalho, ampliação da terceirização, demissão dos trabalhadores do quadro próprio, aumento dos acidentes de trabalho, perda da qualidade do serviço prestado e aumento da tarifa são alguns dos riscos apontados pelo movimento sindical e social.

Durante o ato, os sindicalistas repudiaram a intenção da venda da Celg e ressaltaram que a luta em defesa das estatais permanece até que o governo se posicione sobre o assunto.

Outros estados também estão mobilizados contra as privatizações das distribuidoras de energia do sistema Eletrobras, aconteceram protestos no Rio de Janeiro, Amazonas, Acre, Alagoas, Piauí, Rondônia e Goiás.

Participam do movimento em defesa das estatais o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), a Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), a Frente Brasil Popular, entre outras entidades.