Diretoria da Eletronorte contraria suas próprias diretrizes de gestão.

A inoperância frente à construção da nova sede da Eletronorte se traduz em desperdício de dinheiro e na total despreocupação com a segurança dos/as trabalhadores/as. A insistência em renovar o aluguel do Shopping ID por mais 5 (cinco) anos enquanto problemas gritantes e absurdos de segurança não são prioridade, é uma total incoerência com o discurso de que seus trabalhadores/as são o maior patrimônio da empresa.

O STIU-DF insistentemente tem alertado a Diretoria da Eletronorte sobre os riscos de continuarmos com a nossa sede no Edifício Venâncio 3000, rebatizado de Shopping ID. Instalações elétricas vencidas e inadequadas às necessidades de carregamento elétrico; falta de saída de emergência confiáveis com rota de fuga de emergência não permitindo a saída completa do edifício; telas de aço nas janelas que impedem o jato de água penetrar e combater possíveis incêndios são apenas alguns problemas dentre tantos outros. Diante deste quadro de insegurança e inoperância por parte da Eletronorte e da administração do Shopping, o STIU-DF e a CIPA, apresentaram denúncias na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Distrito Federal – SRTE, Delegacia Regional do Trabalho do Distrito Federal – DRT/DF, e demais órgãos competentes.

Ao cobrar a construção da nova sede à Diretoria da Eletronorte, o Sr DG afirmou ao STIU-DF, em recentes reuniões, que a questão da construção da nova sede na 904 sul estava totalmente resolvida e que todo processo administrativo, financeiro, de construção e mudança efetiva para o prédio próprio levaria em torno de 4 (quatro) anos.

Ainda assim, a Diretoria assume renovar o contrato do Shopping ID por mais 5 anos, por um custo indicativo de R$ 170 milhões, sem resolver as questões de segurança assumindo colocar a vida de todos os/as trabalhadores/as em iminente risco, de forma inconsequente. A renovação do contrato de aluguel como está sendo proposto está tão atropelado, que na última reunião do Conselho de Administração, o assunto entrou em pauta e o Conselho teve que intervir diretamente, no sentido de alertar a empresa para os riscos da renovação da forma proposta, bem como a necessidade de inclusão de uma cláusula que garanta a interrupção do contrato sem imposição de ônus, caso a nova sede fique pronta antes do término do mesmo.

É necessário entender que a nossa SEDE não é apenas uma SEDE, ela traduz uma postura política de consolidação da empresa e do sistema público de energia. É a garantia de um ambiente digno e seguro de trabalho e também ensejaria o respeito e a responsabilidade com o gasto do dinheiro público. Admitindo que após oito anos de ter adquirido o terreno para construção da sede, sem que esta tenha sido sequer iniciada, e considerando os gastos com a locação e condomínio cujo valor facilmente ultrapassa R$ 220 milhões, este fato só pode ser visto como desperdício e total irresponsabilidade com o futuro da empresa.

Para seguir suas diretrizes de gestão, a Diretoria da Eletronorte deve em primeiro lugar priorizar, não apenas a segurança, mas a vida de todos os trabalhadores e trabalhadoras da Sede. Antes que a tragédia anunciada se concretize é necessário que a Diretoria encontre uma alternativa para este problema. A construção da nova Sede não é apenas a saída, mas é a solução definitiva. É inadmissível ver o terreno da 904 Sul se deteriorando, à mercê dos efeitos do tempo, enquanto diariamente nossas vidas são postas em risco de forma desnecessária e inconsequente.


VISUALIZAR ARQUIVO EM PDF