Nesta quarta-feira (13), a Intersindical Furnas se reuniu, no Rio de Janeiro, com a direção da empresa para buscar esclarecimentos sobre a abertura de capital da estatal. As entidades sindicais, após serem informadas oficialmente da iniciativa de Furnas em disponibilizar 30% das ações no mercado, se posicionaram contra a medida apresentada.

De acordo com o Presidente de Furnas, Flávio Decat, o projeto foi submetido à Eletrobras, no entanto, até o momento não houve retorno da Holding.

As entidades sindicais entendem que a ideia da abertura de capital de Furnas é do próprio Decat. Não há concordância com a possível entrega da empresa ao capital privado, não apenas pela questão política e ideológica, mas por ser um projeto de transferência de riqueza gerada por uma empresa da população brasileira para o capital especulativo.

Para o dirigente sindical, David Oliveira, a entrega dos ativos de Furnas ao capital privado significa a perda da soberania nacional. “Grande parte das geradoras de energia já são controladas pelo capital privado, o que inviabiliza o estado a cumprir a sua função social. É preciso destacar que Furnas têm sido estratégica para o crescimento econômico e social do país”, ressaltou.

David acrescenta que a luta em defesa das empresas estatais do setor elétrico será cada vez mais forte. “O objetivo das entidades sindicais e movimentos sociais é travar a venda dos ativos das empresas públicas. Não aceitaremos retrocessos”, conclui.

A Intersindical solicitou acesso ao projeto que trata da abertura de capital de Furnas para ser submetido à análise técnica do Dieese.