Nesta segunda-feira, 31, o Coletivo Nacional dos Eletricitários participou de audiência de mediação no Tribunal Superior do Trabalho para tratar do Acordo Coletivo dos eletricitários do Grupo Eletrobras. Após cinco horas reunidos, o Ministro do TST, Ives Gandra, apresentou proposta a ser oficializada pela direção da empresa e, em seguida, apreciada pela categoria.

O Ministro, após reunião em separado das partes, consolidou a seguinte proposta: reajuste linear de 8,17 aplicado sobre salários e benefícios retroativo ao mês de maio; reajuste de 25% do tíquete, totalizando R$ 1 mil ao mês; pagamento de dois talões de tíquetes suplementares, parcelados, um no mês de outubro e novembro, respectivamente. Além da manutenção das demais cláusulas dos acordos vigentes, nacional e especifico, com vigência até abril de 2016.

Com base na proposta apresentada, a direção da empresa tem até o dia 3 de setembro para obter do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST) autorização para consolidar o acordo nos termos firmado e informar ao TST o resultado da negociação.  Em caso de sinalização positiva, de acordo com a ata de audiência, os sindicatos têm até o próximo dia 9 para deliberar sobre a proposta.

Portanto, em função da indefinição de acordo por parte da empresa, o CNE deliberou pela apreciação da proposta até 24 horas após oficialização da mesma. O vice-presidente do TST determinou ainda a suspensão de qualquer movimento paredista até a zero hora do dia 5 de setembro, sem descontos dos dias parados no caso de celebração de acordo.

O STIU-DF lamenta a postura da Holding em se esconder da negociação e entende que a proposta construída pelo Ministro e o CNE apresenta melhorias quando comparada com a oferta da empresa na terceira rodada de negociação apenas da aplicação de 8, 17 % sobre salários e benefícios a partir de setembro. Agora depende da empresa a oficialização para apreciação dos trabalhadores e trabalhadoras em suas respectivas assembleias.