A rodada de negociação do ACT dos trabalhadores da Eletrobras realizada dia 31 de julho, em Brasília, mostrou o quanto será difícil à campanha salarial 2015-2016. A direção da Holding basicamente negou quase que por completo os itens da pauta da categoria, especialmente as econômicas. Mesmo diante dos consistentes argumentos do CNE, a marca desses gestores tem sido ao longo dos anos a intransigência.

A argumentação da holding, de que a atual situação financeira não permite um acordo em bases justas, mais uma vez foi usada pelos gestores. Essa estratégia já utilizada em negociações anteriores, não encontrará eco no CNE, pois os trabalhadores não são culpados por esse desequilíbrio econômico e financeiro do Sistema Eletrobras, e não podem pagar essa conta. Os números mostram que a categoria teve desempenho operacional exemplar, mostrando comprometimento com o futuro das empresas em que atuam.

O CNE considera preocupante que a Eletrobras assuma essa postura. Pois, a mesa de negociação é o momento onde é preciso estar aberto ao debate. Saber ouvir, de procurar saídas e alternativas, afinal, para ser gestor de uma empresa do porte do Sistema Eletrobras é preciso ir além, sair da zona do conforto. Saber fazer o enfrentamento com certos setores do Governo, que estão afinados com a cartilha do Ministro Levy, de arrocho somente para os trabalhadores.

O Coletivo Nacional dos Eletricitários não vai abrir mão de garantir um ACT 2015 decente. Defendendo também um novo modelo para o setor elétrico, onde os trabalhadores sejam o maior patrimônio da Holding. O caminho será a mobilização, pois sem luta não haverá um acordo digno.

A próxima rodada de negociação acontecerá no dia 18 ou 19 de agosto, em Brasília. Assim que houver uma posição da Eletrobras confirmando a  data  o  CNE  comunicará  a  todos  os sindicatos.


FNU, CNE e STIUEG lançam Movimento em Defesa do Setor Elétrico Nacional

A FNU, o CNE e o STIUEG lançaram o Movimento em Defesa do Setor Elétrico Nacional. No dia 30/07 entidades de todo o país, trabalhadores da CELG, movimentos sociais e sindicais participaram de um grande ato em defesa do Sistema Elétrico Brasileiro.A concentração aconteceu pela manhã na Praça do Bandeirante e em  seguida  as  mais  de  600 pessoas,  seguiram em marcha pelas ruas da Capital, até chegar à sede da CELG no Jardim Goiás.

Durante o trajeto, os representantes das entidades e políticos que apoiam a causa discursaram e alertaram à população sobre o processo de privatização no Brasil que não trouxe solução para o setor e sim a baixa qualidade dos serviços prestados e uma das tarifas de energia mais caras do mundo. Durante toda à tarde, os participantes do ato ficaram reunidos em frente à CELG onde aconteceu o lançamento oficial do Movimento em Defesa do Setor Elétrico Nacional. Se o Governo pretende assumir mais essa agenda negativa, a resistência dos trabalhadores será feita com muita luta. No encerramento do ato, os presentes fizeram uma corrente e deram um abraço simbólico na empresa. A partir de agora, o movimento acontecerá em outras capitais brasileiras.


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