Representantes da Plataforma Operária e Camponesa de Energia (POCE) se reuniram na segunda-feira (9) para retomar as discussões sobre o setor energético brasileiro, diante do cenário de especulação e dos frequentes ataques à Petrobras e ao setor elétrico.
Para a Plataforma, a questão energética seguirá no centro de disputa do capital. No setor petrolífero a grande mídia continuará bombardeando a sociedade com informações para a desmoralização e sucateamento da Petrobras, colocando na ordem do dia, a privatização como alternativa.
No setor elétrico, os efeitos da Medida Provisória 579 recaem em maior grau sobre as empresas estatais, o que trouxe grande instabilidade financeira para o Grupo Eletrobras. Enquanto a crise afeta as estatais, empresas privadas arrecadam milhões, por trás dessa cortina de fumaça está a influência do mercado financeiro, que potencializa a crise para lucrar cada vez mais.
De acordo com a POCE, aos trabalhadores e trabalhadoras diretamente ligados aos setores de energia elétrica e petróleo, o modelo institucional impõe uma reestruturação do trabalho no interior das empresas com a expansão da precarização do trabalho, reduzindo os profissionais do quadro próprio, simultaneamente, com o aumento do número de terceirizados, o que provoca elevação de acidentes e mortes nestes setores.
Para esclarecer a população sobre o que está por trás dos ataques ao setor energético, a Plataforma, em conjunto com outras entidades, vão realizar entre os dias 10 e 13 de março a jornada de luta unificada, em defesa da Petrobras, da classe trabalhadora e da soberania do setor elétrico brasileiro.