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O sucateamento  do  Sistema Eletrobras  patrocinado pelo Governo Dilma, após a edição  da  famigerada  MP  579  que  posteriormente se transformou na Lei nº 12.783 , tem  causado forte impacto e preocupação nos trabalhadores do Sistema Eletrobras.  A atual situação da maior empresa de energia da  América Latina era impensável até pouco tempo  atrás, quando havia uma perspectiva de fortalecimento, até mesmo na declaração do presidente  Lula, de que o projeto do seu Governo era transformar a Eletrobras em uma Petrobras do setor  elétrico.  Ou  seja,  existia  claramente  uma  perspectiva para superar os anos de neoliberalismo  de FHC.

Com  a  eleição  do  Governo  Dilma,  os  trabalhadores avaliaram que seria um período de consolidação deste projeto de fortalecimento do Sistema Eletrobras. Mas tudo não passou de ilusão.  Esse governo que foi eleito com apoio da categoria  apostou  no  confronto  com  os  trabalhadores  desde o início, basta lembrar que o ACT 2013 só  foi fechado no Ministério do Trabalho, fato que há  anos não acontecia.

A edição da MP 579 fez as empresas da Holding  entrarem em uma crise sem precedentes. Todos  os  dias  notícias  dão  como  certa  a  privatização  das distribuidoras de energia da Eletrobras. Ou  seja,  nem  mesmo  no  Governo  neoliberal  havia  um cenário tão desalentador.

O Governo Dilma atua para agradar o mercado,  por isso fez a opção de jogar nas costas dos  trabalhadores os prejuízos causados pelo sua  atuação  desastrosa.  Até  mesmo  conquistas  históricas como a PLR estão em risco.  O certo é que o CNE não vai ficar assistindo tudo  isso acontecer de “braços cruzados” dando uma  de “avestruz’, fingindo,  como alguns estão fazendo,  por  interesses  não  tão  nobres,  fingindo  que  nada  de  ruim  está  acontecendo.  Alguns  estão  vendo  primeiro  seus  interesses  individuais,  por  isso, não querem criticar para não se comprometer com receio de ser “punido”. Ou seja, de perder  o cargo.

O  CNE  não  irá  se  calar,  alguém  tem  que  fazer  chegar a Presidenta DILMA e ao PT, que as medidas  adotadas  a  partir  de  Setembro  de  2011  somente enfraqueceram o Sistema Eletrobras e  suas empresas. É preciso que interlocutores capacitados  digam a  Presidenta  que  os Trabalhadores de forma alguma vão “Pagar essa Fatura”,  seja  vendendo  benefícios  ou  abrindo  mão  da  PLR. Os trabalhadores irão à luta, como sempre  fizeram, defendendo diante de qualquer ameaça  a manutenção de direitos e o futuro das empresas.

O  CNE  convoca  os  trabalhadores  para  que  participem dessa luta pela retomada do fortalecimento  do  Sistema  Eletrobras,  mesmo  aqueles  que  hoje ocupam  cargos  de  chefia,  pois com o  quadro atual ninguém se salvará, e todos estão  no  mesmo  “barco”.  Excetuando-se  aqueles  estão  no  chamado  “Cavalo  de  Tróia”,  que  vieram  cumprir a missão de privatizar a Holding, e que  posteriormente irão para outros órgãos governamentais.

Vamos à luta por uma Eletrobras com padrão  FIFA!

 

CALENDÁRIO CNE CONTRA O DESMONTE DO SETOR ELÉTRICO FEDERAL

01 a 11 de abril- Assembleias deliberativas

14 de abril- Reunião do CNE com a Direção da Eletrobras

24 e 25 de abril- Paralisação de 48 horas

Ex-presidente  do  Sistema  Eletrobras

Pinguelli Rosa, participou de debate na FNU

          FNU  recebeu  no  dia  31  de  março  um  dos  nomes mais respeitados do setor elétrico nacional, o ex-presidente do Sistema Eletrobras no  Governo Lula, o Professor Luiz Pinguelli Rosa.  Em  auditório  lotado  de  sindicalistas  integrantes  do Coletivo Nacional dos Eletricitários, Pinguelli  Rosa, fez uma ampla explanação do setor elétrico, se mostrou preocupado com atual conjuntura,  com  o  desastre  promovido pelo  Governo  Dilma  ao editar a MP 579, quando não foram medidas  as consequências da sua implementação.  

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           Questionado  no  debate,  reafirmou  que  é  totalmente contrário a qualquer privatização, em especial das distribuidoras. Para Pinguelli, o papel  do  Estado  em  um  setor  estratégico  como  o  da  energia é fundamental.  Segundo Pinguelli o movimento sindical tem uma  força  extraordinária  e  precisa  reforçar  cada  vez  mais a sua luta contra a privatização do setor elétrico federal.

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De quem depende que a opressão prossiga? De

nós

De quem depende que ela acabe? Também de nós

O que é esmagado que se levante!

O que está perdido, lute!

O que sabe ao que se chegou, que há aí que o

retenha

E nunca será: ainda hoje

Porque os vencidos de hoje são os vencedores de

amanhã.

Bertold Brecht


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