Dirigentes sindicais do STIU-DF participaram, na quarta-feira (12), de reunião no Ministério da Previdência Social (MPS) para tratar da saúde e segurança dos trabalhadores e trabalhadoras do setor elétrico. Representantes do governo, da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo e da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) também estiveram presentes na atividade.

A reunião teve como objetivo a formulação de uma campanha nacional de conscientização e prevenção de acidentes no setor elétrico. De acordo com dados do portal da Aneel, em 2012, foram contabilizadas 51 mortes decorrentes de acidentes com trabalhadores terceirizados e outras oito com trabalhadores do quadro próprio.  Os números apresentados são questionados pela própria Agência, devido à falta de controle e fiscalização as mortes e acidentes no setor elétrico podem ser ainda maiores.

O diretor do STIU-DF, Jeová Oliveira, explicou que a iniciativa partiu da Aneel e avaliou como positva a ação. “O debate sobre saúde e segurança é fundamental para a classe trabalhadora, principalmente para quem atua no setor elétrico, por se tratar de um setor de risco. Espero que as sugestões sejam acatadas, e o que foi discutido se torne uma campanha eficiente para redução dos acidentes com os eletricitários”, destacou.

Para o presidente da FNU, Franklin Moreira, o elevado número de acidentes no setor elétrico é consequência dos processos de gestão, que terceirizam indiscriminadamente. “É preciso mudar o comportamento dos gestores das empresas que, em sua maioria, se restringem ao lucro”, enfatizou.

As ações previstas pela Aneel, em curto prazo, são o levantamento e análise das campanhas das distribuidoras de energia quanto à segurança. Além de realizar estudo para estabelecimento de medidas restritivas a serem aplicadas pela Agência às empresas do setor com maiores índices de mortes em suas áreas de concessão.

A Aneel se comprometeu a apresentar em até 30 dias uma modelagem da campanha e também organizar uma parceria com o Ministério de Minas e Energia, Ministério do Trabalho e Emprego, Instituto Abradee e sindicatos e federações que possam colaborar com a campanha.