A classe trabalhadora de Furnas, em Brasília e Serra da Mesa, e da Eletronorte aprovaram em assembleias realizadas nesta quinta-feira (8), a contraproposta do ACT nacional apresentada pelo grupo Eletrobras. Consequentemente, o movimento grevista por tempo indeterminado que já durava mais de 20 dias foi encerrado. Os trabalhadores e trabalhadoras deverão retornar às atividades até às 18h desta quinta-feira (08).

A contraproposta contempla o pagamento de ganho real, sendo 0,8% retroativo a maio deste ano. Em janeiro de 2014 será concedida outra parte de ganho real, definida em 0,7%. Por fim, em setembro de 2014, será acrescido mais 1%, somando no total 2,5%. Além da aplicação de 6,49%, referente ao IPCA, também retroativa a maio deste ano. Em maio do ano que vem, também será acrescido o IPCA do período. Os demais benefícios que constam no acordo coletivo anterior foram mantidos.

Como forma de abono foi concedido o pagamento de oito talões de tíquetes, sendo quatro cartelas após 30 dias da aprovação do acordo e mais quatro talões em maio do próximo ano.

Com relação aos dias parados, apenas cinco serão compensados e o restante será abonado pelas empresas do grupo Eletrobras. O adicional de periculosidade continuará sendo pago da mesma forma como vinha sendo praticado antes da lei 12.740/12 entrar em vigor, em 10 de dezembro de 2012, quando foi publicada no Diário Oficial da União.

A diretora do STIU-DF, Fabiola Antezana, ressaltou a importância da participação dos trabalhadores no movimento grevista.  “Foi fundamental a mobilização da categoria para o avanço da proposta. Bem como, a retirada das cláusulas de barreira. Essa data base foi uma das negociações mais difíceis dos últimos anos, principalmente, por causa da reestruturação do setor elétrico, que está atingindo diretamente os trabalhadores”, disse.

Durante a assembleia, o diretor do STIU-DF, Bóreu, parabenizou a categoria pela atuação na greve e falou sobre o importante papel dos trabalhadores que estão deixando a empresa por meio do PIDV. “Não podemos deixar de homenagear e agradecer as pessoas que construíram as empresas do setor elétrico. E não seria justo fechar um acordo que não contemplasse essa parcela dos trabalhadores”, destacou.