O Intersindical ONS entregou nesta quinta-feira (10) documento ao diretor da Aneel, Edivaldo Alves de Santana, onde solicita a revisão da extinção do Abono por Perda de Massa Salarial. As lideranças sindicais também cobraram a implementação do Plano de Gestão de Cargos e Remuneração (PGCR).

Retirado de forma inesperada, o Abono consta nos Acordos Coletivos de Trabalho desde 2004. A finalidade do benefício era preservar o poder aquisitivo da classe trabalhadora eletricitária do ONS, além de ser um incentivo para manter e atrair profissionais de qualidade. Mas desde então, o ONS já perdeu cerca de 20% dos trabalhadores.

De acordo com o diretor do STIU-DF, Arthur Caetano, a retirada do benefício desestimulou os profissionais. “A perda desse direito não foi discutida com a categoria e como não houve compensação, tivemos uma defasagem de aproximadamente 40% no salário. Isso desanimou muito a categoria, por isso muitos trabalhadores estão deixando a empresa”, conta Arthur.

Sobre o PGCR, Edivaldo disse que conversará com o diretor geral da Aneel, Nelson Hubner. Durante a reunião, Edivaldo foi alertado de que o documento recebido não corresponde a um PGCR. “Na nossa avaliação, o documento que recebemos não é um PGCR. O ONS precisa encaminhar um documento correspondente”, disse um assessor técnico. Há dois anos a categoria espera a implementação do Plano.

O Intersindical ONS buscará junto a Aneel a implementação de um PGCR homologado pelo Ministério do Trabalho. “Queremos a reestruturação das nossas carreiras como acontece em outras profissões”, defenderam as lideranças sindicais.