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Coordenação do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) se reuniu nesta quarta-feira, dia 21 de novembro, no Rio de Janeiro, com a direção do Eletrobras para discutir alguns pontos estratégicos para os trabalhadores da Holding, que são: a PLR, o desconto dos dias parados durante a paralisação em defesa de um acordo justo e principalmente a MP 579. No que tange à MP 579, a Eletrobras voltou a ficar em cima do muro e disse que vê como legítima a gestão que o CNE e a FNU têm feito com os movimentos sociais junto aos parlamentares. Entretanto, disse que não cabe a Holding se envolver nessa discussão e que apenas cumprirá o que determina o governo, mesmo que tenha que demitir por meio de PDV ou reduzir drásticamente seus investimentos.

Segundo a Eletrobras, com relação à PLR, se não houver mudanças nos mecanismos previstos pela MP 579, as empresas podem não apresentar lucro, o que impossibilitaria a distribuição de dividendos. Dessa forma, o trabalhador ficaria sem a PLR, um total absurdo que acaba com uma conquista histórica da categoria, ou seja, apesar do lucro operacional apresentado pela Holding ele não será pago aos trabalhadores, que não terão a PLR por conta do impacto do valor baixo das indenizações no balanço das empresas.

Sobre a questão dos dias parados nada de novo foi dito. Como sempre, os gestores da Holding tiraram o corpo fora e disseram que esse tema não está em pauta no momento e por enquanto fica como está.

Está claro que a direção da Holding não irá se intrometer em qualquer discussão sobre esses temas. Essa decisão, infelizmente, não surpreende os trabalhadores e trabalhadoras do Sistema Eletrobras nem e o CNE, pois estes gestores sempre se esconderam dos debates dos temas centrais, fazendo uma opção pela postura subserviente para manutenção dos seus empregos, seguindo o ditado popular: “farinha pouca, meu pirão primeiro”. Ou seja, cabendo apenas à classe trabalhadora eletricitária lutar pela preservação da empresa estatal de energia.

Paralisação nacional dia 3 de dezembro

Diante do quadro gravíssimo em que a MP 579 coloca a classe trabalhadora do Sistema Elétrico, com a possibilidade de demissões em massa, aumento da terceirização nas atividades fim e o enfraquecimento brutal de empresas que são pólos regionais de desenvolvimento, como a CHESF, será realizado dia 03 de dezembro o Dia Nacional de Luta em Defesa do Sistema Elétrico e dos trabalhadores e trabalhadoras.
Esse Dia Nacional de Luta em Defesa da classe trabalhadora do Sistema Elétrico será marcado por uma onda de protestos em todo o País. O papel de cada sindicato é mobilizar a categoria, alertando e conscientizando dos riscos que representa a MP 579 nos moldes que ela foi apresentada pelo governo. Vamos alertar a sociedade sobre o perigo do enfraquecimento do setor elétrico nacional, apresentando as propostas que a FNU formulou e colocou junto ao Congresso Nacional a respeito das mudanças na MP 579, garantindo energia mais barata para o consumidor, o fortalecimento das empresas e o fim das terceirizações que matam centenas de trabalhadores e trabalhadoras por ano em todo Pais.

É importante destacar que a escolha do dia 03 de dezembro é emblemática e proposital, pois no dia 03 acontecerá também a assembleias dos acionistas da Holding e no dia 04 de dezembro será realizada a assinatura dos contratos de renovação das concessões das empresas do Sistema Eletrobras. Portanto, nesses dois dias será fundamental pressionar as direções para que repensem as consequências do seu ato caso a MP não sofra as alterações necessárias, propostas pela FNU.

Nesse dia 03 de dezembro participe junto com seu sindicato dessa grande manifestação. Divulgue e compartilhe nas redes sociais, e o mais importante, seja protagonista dessa luta em defesa do trabalhador do Sistema Elétrico. Participe!

 


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