fnuA terceira rodada de negociação realizada nesta quarta-feira, dia 28 de junho, em Brasília, reafirmou a conduta de total descaso da direção da Eletrobras em relação à apresentação de uma proposta justa à categoria. Novamente nada de novo foi apresentado pela Holding, apenas a mesma enrolação de sempre. Durante a negociação foi projetado até mesmo um estudo sobre o quadro de pessoal, que no final das contas colocava nas costas do (a) trabalhador (a) o motivo para não conceder o ganho real. Uma vergonha!
Novamente foi colocada a mesma proposta rebaixada e insuficiente da última reunião, a qual classificamos como indecorosa e que insulta a dignidade de todos os trabalhadores e trabalhadoras, que ao longo dos últimos anos têm contribuído decisivamente para o fortalecimento do Sistema Eletrobras e da nossa nação diante da crise econômica mundial.
Diante da incapacidade e da fraqueza da direção da Holding em negociar com independência o nosso acordo coletivo sem a interferência do DEST, o CNE orienta aos seus sindicatos a realização de paralisação de 72 horas de 4 a 6 de julho, como forma de pressionar a Direção das Empresas do Sistema Eletrobras a avançar na sua proposta na próxima rodada de negociação, dia 11 de julho, em Brasília. Lembramos aos companheiros e companheiras que essa será a última reunião de negociação e que, caso não haja avanço, ou seja, a garantia das nossas reivindicações – como o ganho real, melhorias no PCR, extensão do plano de saúde aos aposentados, entre outros – a nossa recomendação é que se aprove nas assembleias dos dias 12 e 13 o indicativo de paralisação por tempo indeterminado a partir do dia 16 de julho. Para tanto, a FNU estará encaminhando ofício à Eletrobras .
O CNE tem alertado em seus informes que esta campanha tem que ser diferente dos últimos anos, mas temos que ter responsabilidade no processo. Portanto, convocamos cada companheiro(a) a participar da luta por um ACT justo, pois diante do cenário visto nas últimas rodadas, a Eletrobras e o Governo estão apostando em uma proposta rebaixada, que coloca nossa categoria em um patamar inferior às demais, que certamente no segundo semestre vão conseguir um acordo em outras bases, como têm acontecido repetidamente.
Como temos repetido, a sensação é que os órgãos governamentais nos consideram subcategoria e, nessa lógica, os diretores de nossas empresas são enquadrados da mesma forma, como subdiretores, o que deve ser um dos motivos que dificultam uma melhor interlocução com outras esferas de governo.
Esperamos que, nesse período que antecede a próxima rodada de negociação do dia 11 de julho, a Direção da Holding se movimente no sentido de buscar soluções para um ACT digno, mostrando que o trabalhador é o maior patrimônio do Sistema Eletrobras. Está na hora dos Dirigentes da Eletrobras buscarem junto a quem os indicou o apoio necessário para avançar na proposta a categoria.
Ao ajudarmos a eleger o projeto popular e democrático, acreditávamos que os trabalhadores e as trabalhadoras do setor elétrico seriam tratados com o respeito que merecem. Todavia, o que tristemente constatamos é a indiferença com uma categoria estratégica para o país. Hoje, Eletrobras, DEST e Ministérios se unem em um teatro que se chama negociação, ou seja, eles fingem que negociam em processos que se arrastam ao máximo para, assim, desgastar os sindicatos e desmobilizar a categoria. Por isso, temos que dar uma resposta dura com muita luta e mobilização em todo país, para, de uma vez por todas, dar um fim a essa enrolação. Participe! Paralisação dias 4, 5 e 6 de julho e Greve por tempo indeterminado a partir de 16 de julho, caso não haja avanços na quarta rodada do dia 11 de julho.

Calendário do CNE

  • 29 de junho – Comunicado à Eletrobras e às empresas do Sistema
  • 4 a 6 de julho – Paralisação
  • 10/07 – preparação do CNE
  • 11/07 – Reunião com Eletrobras
  • 12 e 13 – assembleias com indicativo de greve por tempo indeterminado a partir do dia 16/07
  • 16 de julho – Greve por tempo indeterminado

 


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