A perda dos recursos públicos na luta contra o cigarro se reflete nos números. De acordo com o Programa de Controle do Tabagismo da Secretaria de Saúde do DF, no ano passado 2.572 pessoas morreram devido a doenças relacionadas ao fumo. Uma média de sete óbitos por dia.
Para ajudar a reverter esse quadro, existem 62 centros de referência no DF auxiliando os dependentes a parar de fumar. São gratuitos e localizados em várias unidades de saúde. Além de tratamento cognitivo e comportamental, em casos de emergência as unidades podem entregar medicamentos, fornecidos gratuitamente pelo SUS.
Contudo, a demanda sempre é grande, com filas de espera para conseguir o tratamento. Conforme os dados do Programa de Controle do Tabagismo, somente nos três primeiros meses deste ano 834 pessoas foram atendidas nos centros, sendo que 732 pararam de fumar. No ano passado a procura foi de 5.057 pessoas, mas apenas 4.500 apareceram na primeira sessão.
Segundo o coordenador do Programa de Controle do Tabagismo da Secretaria de Saúde do DF, Celso Antônio Rodrigues, há um abandono de 10% nas primeiras avaliações. “Não se sabe se é porque desistem do tratamento. Acreditamos que 50% dos que param de fumar voltam ao vício, por isso a orientação é procurar o tratamento novamente. Em 2011 chegaram ao final dele 3.406 pessoas. Desses, 2.958 deixaram de fumar. Um aproveitamento de 74%”, informou.
(Leandro Cipriano, Jornal de Brasília, 29.05.12)
