Despesas com abono salarial seguem mínimo e disparam
Enquanto o esforço de fiscalização promovido pelo governo para conter as despesas com seguro-desemprego deve produzir resultados em 2012, o abono salarial tende a ser uma despesa cada vez mais pesada para o governo, sem perspectiva de controle nos próximos anos. Em 2015, o FAT deve desembolsar R$ 21,5 bilhões com o abono salarial, um aumento de 61,6% em relação a 2012.
Para receber o benefício, que equivale a um “14º salário”, basta que o trabalhador tenha ingressado no mercado formal há no mínimo cinco anos e recebido, em média, até dois salários mínimos no ano anterior. Como a economia continua a gerar empregos principalmente nas faixas salariais mais baixas, a previsão do FAT é de que o número de segurados cresça, em média, 8,7% ao ano entre 2012 e 2015. Além disso, o aumento do salário mínimo acaba por incluir entre os possíveis beneficiários quem antes estava em outros segmentos de renda.
Em 2010, 51,2% dos trabalhadores contratados – ou 44,1 milhões de empregados – foram admitidos com remuneração de até dois salários mínimos. Em 2000, a fatia era proporcionalmente menor, de 29,7% dos admitidos.
Para Rodolfo Torelly, diretor do Departamento de Emprego e Salário do Ministério do Trabalho, a formalização também contribui para o aumento exponencial de beneficiários e de gastos com o programa, já que um pré-requisito é ter trabalhado com carteira assinada em ao menos 30 dias do ano anterior. Torelly, no entanto, é enfático: “Não sai da minha diretoria nenhuma proposta para cortar o abono e essa é uma despesa realmente difícil de controlar”.
(Valor Econômico, 14.05.12)

Enquanto o esforço de fiscalização promovido pelo governo para conter as despesas com seguro-desemprego deve produzir resultados em 2012, o abono salarial tende a ser uma despesa cada vez mais pesada para o governo, sem perspectiva de controle nos próximos anos. Em 2015, o FAT deve desembolsar R$ 21,5 bilhões com o abono salarial, um aumento de 61,6% em relação a 2012.

 

Para receber o benefício, que equivale a um “14º salário”, basta que o trabalhador tenha ingressado no mercado formal há no mínimo cinco anos e recebido, em média, até dois salários mínimos no ano anterior. Como a economia continua a gerar empregos principalmente nas faixas salariais mais baixas, a previsão do FAT é de que o número de segurados cresça, em média, 8,7% ao ano entre 2012 e 2015. Além disso, o aumento do salário mínimo acaba por incluir entre os possíveis beneficiários quem antes estava em outros segmentos de renda.

 

Em 2010, 51,2% dos trabalhadores contratados – ou 44,1 milhões de empregados – foram admitidos com remuneração de até dois salários mínimos. Em 2000, a fatia era proporcionalmente menor, de 29,7% dos admitidos.

 

Para Rodolfo Torelly, diretor do Departamento de Emprego e Salário do Ministério do Trabalho, a formalização também contribui para o aumento exponencial de beneficiários e de gastos com o programa, já que um pré-requisito é ter trabalhado com carteira assinada em ao menos 30 dias do ano anterior. Torelly, no entanto, é enfático: “Não sai da minha diretoria nenhuma proposta para cortar o abono e essa é uma despesa realmente difícil de controlar”.

 

(Valor Econômico, 14.05.12)