A expectativa é de que sejam criados 80 mil empregos nos próximos 10 anos. As melhores oportunidades se concentrarão nos segmentos farmacêutico, alimentício e de tecnologia da informação. A demanda por engenheiros também continuará em alta. Em todas as áreas, no entanto, há planos de expansão do número de funcionários e do surgimento de novas funções. Toda fábrica, para se manter competitiva, irá ao mercado nos próximos anos à procura de bons gestores, gerentes de logística, especialistas em marketing, administradores e contabilistas. Apesar de ainda ser uma prática corriqueira, os empresários não estão mais tão dispostos a importar talentos, o que favorece a mão de obra local.
Candidatos às vagas da indústria no DF buscam cursos profissionalizantes Para concorrer às vagas que serão abertas pela indústria no Distrito Federal, cada vez mais estudantes fazem cursos profissionalizantes e de qualificação. Em dois anos, o total de alunos matriculados no Senai cresceu 9,7%
Para concorrer às vagas que serão abertas pela indústria no Distrito Federal, cada vez mais estudantes fazem cursos profissionalizantes e de qualificação. Em dois anos, o total de alunos matriculados no Senai cresceu 9,7%
As salas vivem lotadas de gente em busca de um lugar no mercado. Sobre as mesas, acumulam-se livros, apostilas, sonhos. O lugar é de muito estudo, e não se trata de um cursinho preparatório para concursos. As unidades do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) em Taguatinga e no Gama acolhem jovens que moram no Distrito Federal mas não escolheram o funcionalismo público como meta de vida. São estudantes que toparam o desafio da indústria. Aprenderam a acreditar na força do ensino técnico e, por meio dele, fazem planos de alcançar a realização profissional. Na terceira reportagem da série sobre a nova indústria que surge no DF, o Correio mostra como os profissionais estão se preparando para aproveitar as oportunidades.
O Senai-DF tem o desafio de formar uma juventude que cresceu sem nem mesmo saber que existem indústrias na capital do país. A maioria não esconde a surpresa ao descobrir oportunidades longe de tribunais ou ministérios. Em 2011, o sistema registrou 27.193 matrículas em cursos de 20 diferentes áreas. O total representa um crescimento de 9,7% se comparado ao resultado de 2009. A maior procura é pelas aulas de gestão, segurança no trabalho e tecnologia da informação (TI).
(Diego Amorim, Correio Braziliense, 1.°.04.12)
