Brasília – O Distrito Federal (DF) deve continuar a registrar baixa umidade relativa do ar até o fim do inverno. A partir de 22 de setembro, a expectativa é que o índice aumente gradualmente. “A umidade não vai aumentar de uma vez. Durante alguns dias depois do inverno é normal que ela fique baixa”, disse a meteorologista do Climatempo Camila Ramos.

A previsão da empresa privada de meteorologia é que o índice não passe dos 12% até sábado (14). A umidade deve ultrapassar esse patamar no domingo, influenciada por uma frente fria que vai passar pelo litoral do Sudeste. Segundo Ramos, a umidade deve variar entre 20% e 30% na semana que vem.

A meteorologista ressalta que os números resultam do clima da região nesta época do ano. “O ar seco é uma característica de grande parte do Centro-Oeste no inverno e ele impede a chegada de frentes frias. Isso deixa o tempo mais quente e diminui a umidade do ar”, explica. O tempo também facilita a ocorrência de incêndios, porque deixa a vegetação mais seca.

De acordo com a meteorologista, o índice mais alto registrado nos últimos 15 dias para o período da tarde foi de 25%. Ontem, a umidade relativa do ar chegou a 7%, a mais baixo do ano para o DF.

Na última quinta-feira (05), a Secretaria de Educação do Distrito Federal recebeu recomendações da Defesa Civil sobre como proceder durante o período de seca. “Quando a umidade relativa do ar fica abaixo de 15%, nós enviamos um alerta para as escolas. Esse foi o primeiro deste ano”, afirmou o diretor executivo da Defesa Civil do DF, tenente-coronel Alexandre Costa. Segundo a secretaria, as escolas estão realizando atividades físicas leves, em espaços cobertos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a umidade relativa do ar inferior a 30% como estado de atenção. Entre 20% e 12%, a situação é considerada estado de alerta e abaixo de 12%, alerta máximo. A faixa dos 20% provoca problemas respiratórios, secura na garganta, no nariz, olhos e pele.

(Fonte: Agência Brasil)