IELNimpressionante a sequência de atitudes desrespeitosas por parte da diretoria da Eletronorte para com seus trabalhadores e trabalhadoras. Como se não bastasse a má vontade para a solução dos conflitos trabalhistas e processos judiciais, a direção da empresa fecha os olhos aos constantes problemas de gestão que se avolumam, tal como uma avestruz que enterra a cabeça, na vã ilusão de que isso a livre de suas responsabilidades.
Com esse tipo de atitude recorrente, não se podia esperar muito da reunião quadrimestral ocorrida nos dias 28 e 29 de novembro, marcada pelo descaso aos inúmeros problemas de longa data enfrentados pelos/as trabalhadores/as da Eletronorte, adicionada à completa falta de autonomia da comissão de negociação.
Nesta reunião ficou claro que o Diretor de Gestão, não só se esquivou de resolver problemas de sua pasta, como decidiu acabar, à sua maneira, com a maioria deles: ao invés de pagar o adicional de insalubridade aos profissionais da área da saúde, que se fechem todos os ambulatórios; para não pagar as horas extras de viagem a serviço, cancelem-se as viagens ou punam-se os/as trabalhadores/as que não conseguirem vôos durante o expediente; se o relatório da Funcoge prevê sua própria revisão, engavete-se o mesmo; se a lei deu novo prazo para instalação do Registro Eletrônico de Ponto, mantenham-se as ilegalidades praticadas de bloqueio dos registros de ponto; se os/as trabalhadores/as tiveram suas férias calculadas com erros, que esperem a boa vontade da empresa para revisar os cálculos. Além disso, não se negocia o banco de horas que vem sendo gerado por falha de gestão e, arbitrariamente, criam-se regras de forma unilateral para restringir o abono assiduidade.
Dessa maneira, o DG, tendo como aliado o DO, demonstram claramente a falta de compromisso com aquilo que a Empresa diz ser seu maior patrimônio. Se a Eletronorte disponibiliza ambulân-cias ao Ministro de Minas e Energia ou qualquer auditor externo que visite suas instalações, por que deixa os/as trabalhadores/as sem qualquer tipo de assistência? Se é possível pactuar nor-mas de acesso à empresa, para que cadeado nos portões?
Enquanto a Diretoria da Eletronorte mantém o limitador de idade para inclusão dos/as genitores/as no PPRS, delibera em causa própria pelo auxílio moradia de 4 mil reais. Enquanto discrimina os/as trabalhadores/as que retornaram à empresa por meio da Lei 8.878/94, abriga apadrinhados políticos de reputação sob suspeita, como um ex-diretor dos Correios exonerado por improbidade e um dono de Cartório.
Se a intenção é reduzir custos, que a Empresa extinga em todas as regionais o esdrúxulo cargo em nível G1 conhecido como “Olho do Presidente”, que não passa de um cabide de gratificações. E mais: que a Empresa acabe com o vício de recorrer a onerosos pareceres e consultorias externas e valorize a prata da casa, que tem reconhecida competência para atender às demandas internas.
Mas, o que marcou esta quadrimestral, foi a ausência dos gestores da Caixa de Assistência E-Vida. Mesmo diante desta questão que a empresa considera prioritária, e depois de todo o esforço do diretor presidente na reunião de toda a diretoria da Empresa com o Sindinorte no dia 09/11, onde fez um apelo para que nos reunísse-mos para entender melhor a questão, o DG trabalhou em sentido contrário e inviabilizou a participação dos gestores da E-Vida na quadrimestral – o fórum mais adequado para essa hercúlea tarefa. O que passa pela cabeça desse senhor? Será que ele, por sua própria conta e risco, julga que não há mais o que discutir e melhorar na proposta da empresa? Será sua estratégia fomentar cada vez mais dúvidas sobre a continuidade do PPRS? Será que ele está “apostando todas as fichas” na implantação “goela a baixo” da E-Vida? Essa atitude, sinceramente, passou dos limites da irresponsabilidade na gestão de uma empresa estatal.
De fato, não há como ter diálogo com quem resolve se negar a enfrentar os problemas para os quais foi designado. Afinal, o tão cobiçado cargo de diretor de uma empresa do porte da nossa Eletronorte tem um fardo que não pode ser delegado a outros – é muito cômodo repetir a toda hora que a Eletrobras não autorizou isso, não permitiu aquilo, vai estudar o problema, vai aguardar orientação do DEST, não tem conforto jurídico, etc., etc., etc… Em certos casos, os dirigentes sindicais já ouviram de alguns diretores a recomendação de buscar solução via judicial. Essa, definitivamente, não pode ser a postura de um diretor.
Basta de enrolação. Os trabalhadores e trabalhadoras esperam que o bom senso que ainda existe em alguns diretores da Eletronorte possa desenterrar a cabeça daqueles que se negam a encarar a realidade quando ela, teimosamente, não se ajusta aos seus devaneios.

CAMPANHA EXTRAORDINÁRIA PELO GANHO REAL

As entidades sindicais que compõem o Sindinorte acompanharam os processos de negociação das categorias estatais, conforme deliberação das assembleias. Após o fechamento das campanhas salariais, está claro o tratamento discriminatório dispensando pelo DEST à categoria eletricitária. Esse tratamento já havia sido anteriormente denunciado pela Federação Nacional dos Urbanitários – FNU que, ao final da campanha de database 2011/2012, encaminhou para deliberação nas assembleias de todas as empresas do Sistema Eletrobras, uma campanha extraordinária caso houvesse tratamento diferenciado para as demais categorias ao longo do ano. Em todos os fóruns de discussão da FNU, o Sindinorte defendeu o lançamento da campanha extraordinária visando, não apenas o ganho real, mas o fim do tratamento discriminatório que vem sendo dispensado pelo governo a uma categoria tão estratégica quanto a dos eletricitários. Chegou a hora. A FNU encaminhou documento à Eletrobras solicitando reunião para o dia 6 de dezembro cuja pauta é o lançamento da “Campanha Extraordinária pelo Ganho Real: TODOS IGUAIS, ISONOMIA JÁ!” Participe desse movimento, participe das assembléias e das mobilizações em prol de um tratamento igualitário, digno e respeitoso. Basta de discriminação!

ELEIÇÃO PARA O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

As empresas do Sistema Eletrobras já realizaram a alteração em seus estatutos para viabilizar as eleições dos/as representantes dos/as trabalhadores/as nos seus respectivos conselhos de administração, que devem ocorrer no mês de março de 2012.
O Sindinorte entende que os trabalhadores/as da Eletronorte devem eleger representantes comprometidos/as com a luta da categoria e com o fortalecimento dessas empresas que prestam tão importante serviço à sociedade brasileira.
A Eletronorte e as entidades sindicais comporão comissão paritária para determinar as regras do processo eleitoral. Fiquem atentos/as!

CAMPANHA 16 DIAS DE ATIVISMO

A Campanha acontece em vários países do mundo desde 1991, tendo como objetivo chamar atenção para a questão da violência contra as mulheres e demandar ações e estratégias de prevenção, combate e apoio às vítimas.
Seu período de realização é de 25 de novembro a 10 de dezembro, devido às datas alusivas e à vinculação simbólica da violência contra as mulheres como uma forma de violação dos direitos humanos.
Na Eletronorte, foi incluído também como mote da Campanha de 16 Dias de Ativismo o Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado no dia 20 de novembro, por entender que a violência de gênero não pode ser destacada da violência racial. O tema mundial da Campanha em 2011 é “Da Paz no Lar à Paz no Mundo”, que tem o objetivo de convocar as mulheres e os homens nos quatro cantos do mundo para discutir questões sobre a paz, o desarmamento e a defesa dos direitos humanos.


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