IELNDepois de três reuniões com o Diretor de Gestão, o fato real é que nenhuma proposta foi ainda apresentada. É natural que a primeira reunião tenha sido para tratar das premissas da negociação. Já na segunda reunião, diante da exigência do Sindinorte pelo reconhecimento de alguns dados importantes, o DG solicitou que as entidades sindicais trabalhassem uma “matriz perfeita” que expressasse essas condições, para apresentá-la numa próxima reunião. Por mais que parecesse estranho o pedido, o Sindinorte entendeu que seria uma oportunidade de tratar do montante.
Entretanto, nessa última reunião (8/11), o sr. DG nada fez além de receber a planilha. Ressalte-se que ela não tem nenhum dado novo ou discordante da matriz entregue pela empresa ao Poder Judiciário, a não ser a correção dos índices nulos de oito trabalhadores (que devem ser 5%, conforme o compromisso da empresa à época de implantação da Curva Tamburello em 1996), além da atualização dos cálculos dos(as) trabalhadores(as) da Amazonas e Boa Vista Energia. O negociador disse ainda que não queria tratar de valores e pediu um prazo para analisar a planilha, marcando nova reunião para 22 de novembro.
Essa posição do DG causou perplexidade ao Sindinorte, pois esperava-se que ele apresentasse alguma proposta de fato. Não há a menor necessidade de tempo para analisar a planilha entregue pelo Sindinorte, pois todos sabemos que a Eletronorte Eletrobras dispõe da sua própria planilha (a empresa possui simulações guardadas do tempo do Sr. Almendra, e bastaria apenas atualizá-las e validá-las). O Sindinorte solicitou que a próxima reunião ocorra no dia 16 de novembro.
Por mais justificativas que a empresa tenha para propor reuniões que tratem de premissas, por mais que ela afirme querer negociar, por mais que acredite que conseguirá nova prorrogação da suspensão do processo, a categoria tem todo o direito de achar que o DG está postergando a negociação.
Marcar a próxima reunião para a véspera do limite da suspensão da execução (que expira dia 23 de novembro), sabendo que a desembargadora relatora questiona a última petição de prorrogação da suspensão da rescisória (as suspensões dos processos não estão sincronizadas), não seria no mínimo uma imprudência?! A diretoria da Eletronorte Eletrobras concorda com a metodologia utilizada pelo DG? Será que a empresa acredita que, nesse ritmo, chegará a alguma solução?
Na reunião com toda a diretoria (dia 9), quando foi apresentado o estágio atual da Caixa de Assistência E-Vida pela Eletronorte, o Sindinorte enfatizou a preocupação com todas essas questões relativas à Curva Tamburello e a necessidade de se acelerar o processo negocial. Caso a desembargadora não compreenda que o tempo de suspensão utilizado foi insuficiente para a conclusão da negociação, a 10.ª Vara do Trabalho pode dar prosseguimento ao processo judicial.
A preocupação com a descontinuidade da negociação, queremos crer, deve ser de ambas as partes – empresa e Sindinorte. A interrupção da negociação seria frustrante para a categoria, diante de toda a expectativa criada pela empresa.
O Sindinorte deixa claro que a responsabilidade pelo resultado desse processo está nas mãos do DG, pois a Intersindical Norte está envidando todos os esforços para uma solução definitiva do processo Curva Tamburello.

E-VIDA

No último dia 9 a Diretoria da Eletronorte convidou o Sindinorte para uma apresentação do estágio atual da Caixa de Assistência – E-vida. A apresentação suscitou diversos questionamentos, inclusive quanto à viabilidade da sua implantação. Diante do impasse, a empresa solicitou que a diretoria da E-Vida faça alguns ajustes e apresente nova versão da E-Vida na próxima reunião quadrimestral, que ocorrerá nos dias 28 e 29 de novembro, em São Luis – Maranhão.

 


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