IELN

CONVOCAÇÃO PARA ASSEMBLÉIA

O SINTERGIA-RJ convoca todos os trabalhadores do ONS – Rio de Janeiro para Assembléia a ser realizada no dia 10 de outubro, segunda-feira, às 12 horas no seu auditório. Avenida Marechal Floriano, 199 – 10º andar (veja convocação em anexo).
A PRIMAVERA ÁRABE continua a produzir efeitos. Os gritos não foram silenciados!
Agora, vamos analisar a nossa realidade no ONS: Os dirigentes sindicais que compõem a Intersindical esperam que este momento de reflexões e rupturas que ocorre em todo mundo também produza efeitos junto aos trabalhadores do Operador, de modo que os mesmos consigam se libertar do jugo autoritário de sua diretoria. Os sindicatos só dependem da união e do engajamento de toda a categoria, de modo a promover, finalmente, A PRIMAVERA DO ONS.
Relembrando o que ocorreu nas negociações salariais em setembro/2005: A Gratificação por Tempo de Serviço “Quinquênio” foi perdida durante uma votação, por diferença de apenas 2 ou 3 votos, na assembléia dos trabalhadores do Rio de Janeiro. Naquela ocasião foi notório que os trabalhadores ficaram bastante temerosos com a presença ostensiva dos seus gerentes, mais suas secretárias e um grande número de trainees, na assembléia. Foi uma grande novidade na época, porque pela primeira vez, os gerentes com suas secretárias e train s apareceram de surpresa e em peso numa assembléia de trabalhadores. Essa prática é extremamente danosa ao movimento sindical e a livre organização dos trabalhadores, porque muitos são enviados por ordem dos seus superiores para vigiarem o comportamento e o voto de seus subordinados, além de se vigiarem mutuamente. Com esta prática a direção do ONS vem conseguindo inibir a todos (trabalhadores e inclusive os próprios gerentes) que acabam se sentindo cerceados de manifestar a sua opinião (quando esta é contrária à posição da empresa) e não podem votar de acordo com sua consciência. Este é o retrato do autoritarismo da governança do ONS. Quando esta situação é externada nos diversos fóruns que freqüentamos todos ficam abismados, uma vez que lembra os tempos da Ditadura Militar. Na época todas as demais bases da Intersindical haviam rejeitado a proposta de retirada do qüinqüênio e as negociações entraram pelo mês de novembro com esse impasse. O ONS utilizou de diversos meios de pressão e alegações, e se valendo fortemente do resultado da assembléia do Rio de Janeiro conseguiu impor a retirada da referida gratificação.
Após 2005: Essa prática nefasta e vitoriosa da empresa perdura até os dias de hoje e este “modus operandi” é usado todas as vezes que a empresa quer impor goela abaixo sua vontade, custe o que custar. Essa prática reiterada levou algumas bases a fazerem votações por meio de cédulas, defendendo-se da tirania através do voto secreto. Outra prática criativa é a de constranger trabalhadores forçados a participar de Grupos de Trabalho na área de Recursos Humanos.
A respeito dessas práticas, a Intersindical informa que está vigilante e não se intimida com ameaças à sua atuação, conforme as descritas na Carta nº 0706 da DGL (em anexo) em reposta a nossa carta de 22 de julho (também em anexo), e está fazendo um levantamento minucioso de todas essas práticas persistentes da governança autoritária, com destaque para situações constatadas na GIT e nos núcleos de Florianópolis e de Recife, para encaminhá-los ao MPT. Lá veremos quem está falando a verdade!
Vamos analisar as negociações salariais de 2011: Todas as bases da Intersindical, exceto o Rio de Janeiro, já fizeram as suas assembléias e rejeitaram por unanimidade a contraproposta apresentada pela empresa e aprovaram uma de paralisação de ½ dia, algumas condicionadas à adesão da base Rio de Janeiro. Vejam, portanto, a grande responsabilidade que caberá a todos os trabalhadores da base Rio de Janeiro. Todos os trabalhadores do ONS das demais bases – Brasília, Recife e Florianópolis – contam com a participação de todos vocês do Centro Sudeste e do Escritório Central, para que possamos não só rejeitar a contraproposta mais fazermos uma mobilização que venha dar respaldo aos dirigentes sindicais na continuidade das negociações. Vamos dar um basta a estas práticas autoritárias e obtermos um bom Acordo Coletivo de Trabalho. Vamos nos manter unidos e mobilizados, em torno dos nossos ideais e propostas, para que saiamos plenamente vitoriosos desta campanha.
Os pontos prioritários apontados pelos trabalhadores em pesquisa para esta data-base, constantes da pauta de reivindicações, foram totalmente ignorados e negligenciados pela empresa. Confiram:
1º PGCR com uma política salarial de 3º quartil para todos;
2º Aumento Real de Salários / Produtividad ;
3º Resgate do percentual relativo dos salários quando da correção das faixas salariais ao mercado;
4º Manutenção dos direitos do atual Acordo Coletivo de Trabalho;
5º Retirada das empresas distribuidoras da Pesquisa de Mercado Salarial.
Não satisfeitos ainda acenam com a retirada de conquistas históricas. Em hipótese alguma abriremos mão de benefícios já contidos em nosso ACT, que são conquistas importantes da categoria e dos sindicatos signatários, como é o caso da atual Gratificação de Férias e da Produtividade. Na nossa avaliação, feita com base em diversos contatos e avaliações políticas, a Aneel não deve cortar absolutamente nada do orçamento de pessoal, pois há um entendimento entre os Diretores daquela Agência que o ONS deve remunerar adequadamente seus empregados. Na avaliação deles nós estamos muito mal!
Aproveitamos ainda para repudiar veementemente o discurso irresponsável e desrespeitoso que sabemos terem feito alguns gestores do ONS, ao longo desses anos, no sentido de que “os insatisfeitos que saiam da organização, peçam demissão”. São esses gestores que não tem compromisso sério com a empresa, com o país e com os ideais da classe trabalhadora! Esse tipo de gestor só está preocupado em receber o seu alto salário no final do mês.
Companheiras e companheiros do ONS, para finalizar relatamos que conversamos com vários trabalhadores da base Rio e todos disseram que é difícil fazer um movimento de paralisação, contudo, quando perguntamos sobre a disposição pessoal, todos disseram que acham importante e que fariam sim a paralisação. Ora não queremos negar que se trata de uma decisão difícil, porém ela é necessária. Todos juntos faremos com que a Direção do ONS reveja suas convicções e passe a praticar uma remuneração mais justa para os trabalhadores do Operador. Não se trata jamais de um movimento radical, mas sim um movimento responsável e consciente, daqueles que pretendem construir um futuro melhor para si e para todos, incluindo aí a empresa.
Todos juntos conseguiremos! Venha participar e fazer acontecer A PRIMAVERA DO ONS! Vamos todos enfrentar mais esta luta! O seu e o nosso futuro dependem de nossas atitudes! Não deixe apenas “a vida te levar”, mas construa a sua história e a do ONS!


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